A China reforçou sua liderança mundial em infraestrutura de carregamento para veículos elétricos ao alcançar 16,7 milhões de pontos ativos até o fim de julho de 2025. O número representa crescimento de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior e é dez vezes maior do que o registrado em 2020.
Segundo a Administração Nacional de Energia, o país já possui duas estações de recarga para cada cinco veículos elétricos em circulação. Apenas nos primeiros sete meses de 2025, foram adicionadas 3,87 milhões de unidades, alta de 93,2% frente a 2024. Para efeito de comparação, no Brasil em 2025, existem menos de 15 mil unidades (14.827).
Já as instalações públicas apresentaram um crescimento de 623 mil pontos, um avanço de 28,9%, enquanto os carregadores privados tiveram aumento de 113,6%, com 3,25 milhões de novas unidades. A relação atual é de um carregador para cada 1,8 veículo, o que mostra que a infraestrutura acompanha o ritmo das vendas, que somaram 6,9 milhões de unidades no período.
A expansão também se reflete no consumo de eletricidade. De janeiro a julho, a demanda para abastecimento e troca de baterias subiu mais de 40%. Somente em julho, o volume alcançou 7,71 bilhões de kWh, crescimento de 53,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 14,9% frente a junho.
O maior consumo foi registrado em ônibus e automóveis de passageiros, enquanto veículos de logística, saneamento e táxis representaram uma fatia menor. Projeções oficiais indicam que a frota elétrica chinesa pode ultrapassar 100 milhões de unidades até 2030.
Para atender essa expansão, a política energética da China prevê que a rede de recarga se mantenha sempre levemente à frente da demanda. Além das operadoras independentes de estações, grandes fabricantes também investem em suas próprias estruturas, com destaque para Nio, Li Auto e Tesla, que ampliaram suas redes de forma acelerada.
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