A BYD começou a equipar sua linha de ônibus elétricos no Brasil com a bateria Blade, tecnologia de lítio-ferro-fosfato (LFP) desenvolvida pela própria marca e já presente em seus automóveis de passeio. O objetivo é aumentar a segurança, a eficiência energética e a durabilidade dos veículos usados no transporte público.

Lançada globalmente em 2020, a bateria Blade se diferencia pelo formato alongado e pelo arranjo horizontal das células, o que melhora o aproveitamento do espaço e reforça a rigidez estrutural. A fabricante afirma que, em testes extremos — incluindo perfuração por prego, aquecimento a 300°C e esmagamento — o componente manteve estabilidade térmica e não apresentou risco de incêndio ou explosão, superando padrões internacionais de segurança automotiva.

Nos ônibus, a Blade será oferecida em diferentes capacidades. No modelo BC12, a variação vai de 425 kWh a 499 kWh; no BC22, de 542 kWh a 642 kWh. A recarga completa pode ser feita em até duas horas com carregadores rápidos, garantindo autonomia de até 270 km no conjunto menor e até 350 km no maior, em condições reais de tráfego urbano.

A produção dos chassis com a nova bateria será feita na fábrica de Campinas (SP). A partir de 2026, a planta da BYD em Manaus e Camaçari também deverá fabricar os packs de Blade localmente, reduzindo a dependência de importações. Segundo a empresa, cada ônibus elétrico evita a emissão anual de cerca de 118 toneladas de CO?, o equivalente ao plantio de 847 árvores, e pode ter vida útil de até 15 anos — mais que os 10 anos de modelos a diesel.

A novidade chega em um momento de expansão da frota elétrica da marca no país. Só na capital paulista, a BYD entregou recentemente 60 novos ônibus elétricos, elevando para 183 o total de unidades em operação. Até o fim de 2025, a empresa projeta que mais de 500 ônibus elétricos da marca circulem pelo Brasil.

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