O Conselho Nacional de Comandantes-Gerais dos Corpos de Bombeiros Militares – CNCGBM | LIGABOM publicou uma diretriz nacional sobre a recarga de veículos elétricos e híbridos plug-in em ambientes fechados como garagens e estacionamentos de prédios residenciais e comerciais. A nova regulamentação determina regras para instalação elétrica dos ambientes e também proteção contra incêndios.
A justificativa das autoridades para a regulamentação está associada ao crescimento dos carros eletrificados nas ruas e os riscos em potencial que esses novos veículos podem apresentar à população, uma vez que contam com baterias de íons de lítio.
A nova normativa determina que, em todos os locais onde esteja instalado um carregador, haja um ponto de desligamento manual em todas as estações de recarga posicionado a até 5 metros da entrada principal, da entrada da garagem ou das escadas de acesso da garagem, além de um ponto de desligamento manual a até 5 metros de distância dos carregadores.
É preciso também garantir um sistema de corte de energia entre a rede elétrica e os carregadores por meio de disjuntor no quadro de distribuição, sinalização do ponto de recarga e o respectivo ponto de desligamento, bem como identificação do disjuntor correspondente de cada carregador.
Em garagens externas, a norma determina que as regras acima sejam seguidas, bem como a instalação longe de áreas com líquidos igníferos e gás liquefeito de petróleo.
Em garagens fechadas, a normativa determina sistema de chuveiros automáticos e outras formas de detecção e prevenção de incêndio.
Segundo as autoridades competentes, a nova diretriz entra em vigor em 180 dias. O documento pode ser conferido na íntegra neste link.
Abravei é contra
Segundo a Associação Brasileira dos Proprietários de Veículos Elétricos e Inovadores (Abravei), a medida tornaria a recarga residencial inviável economicamente em muitos casos, o que incentivaria instalações improvisadas e inseguras.
A associação cita como exemplo as instalações de carregadores em garagens subterrâneas na Noruega para atestar a segurança dos carros elétricos e das instalações e afirma que carros elétricos possuem 61 vezes menos risco de incêndio que os modelos a combustão e que não há relação direta entre recarga e incêndios.
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