A MG prepara um novo passo para consolidar sua presença no mercado brasileiro. Após retornar ao país com foco em veículos elétricos, a marca sino-britânica avança para uma fase de nacionalização e deve iniciar a montagem de modelos no Brasil a partir do fim de 2026. A informação foi apurada pela Autoesporte, que também confirmou que a operação será conduzida em parceria com a Comexport, responsável por transformar a antiga fábrica da Troller, em Horizonte, no Ceará, em um centro produtivo capaz de atender diferentes montadoras.
A unidade, agora chamada de Pace, recebeu investimentos de 400 milhões de reais desde que foi adquirida em 2024. O complexo passou por modernização completa, teve setores revitalizados e ganhou equipamentos novos, sendo parte deles produzida no país. A área total também foi expandida para 600 mil metros quadrados, permitindo que a planta opere como um polo multimarcas.
Embora a MG ainda não tenha confirmado oficialmente quais modelos serão montados no Brasil, três nomes aparecem como os principais candidatos. O sedã S5, o hatch elétrico MG4 e o MG4 Urban são apontados nos bastidores como os mais próximos da linha de produção nacional. A expectativa é que a operação siga o mesmo padrão estabelecido para a Chevrolet, que já firmou contrato com a Comexport para montar o Spark EUV em regime de kits semimontados importados da China. No caso da General Motors, a previsão é produzir 8.800 unidades em 2026, número bem abaixo da capacidade instalada da fábrica, que pode chegar a cerca de 80 mil veículos por ano.
Entre os possíveis escolhidos, o MG4 Urban já desponta como peça-chave na estratégia da marca. O modelo representará a nova geração do MG4 e estreia no Brasil entre o primeiro e o segundo semestre de 2026, inicialmente importado. Com 4,39 metros de comprimento, 2,75 metros de entre-eixos e conjunto elétrico de 163 cavalos, o hatch promete desempenho eficiente e autonomia de 437 quilômetros no ciclo chinês CLTC. A proposta é posicioná-lo como o compacto elétrico de maior volume da MG, desempenhando papel semelhante ao do Dolphin para a BYD.
A nacionalização dá a chance para a MG ampliar sua competitividade no mercado e se aproximar do consumidor brasileiro em um momento em que o país se torna cada vez mais receptivo e estratégico para fabricantes asiáticas. A montagem local reduz prazos logísticos e custos totais, além de reforçar a presença da marca em um segmento de elétricos que não para de crescer. A confirmação oficial dos modelos, porém, deve ficar para os próximos meses.
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