No mundo automotivo atual, cada vez mais fabricantes estão se unindo para se fortalecer e reduzir custos. A mais nova notícia do meio é a parceria firmada pela Ford e pela Renault, onde a marca francesa cederá sua plataforma de carros elétricos aos americanos.
Segundo o novo acordo, a Ford terá acesso à plataforma Ampr EV, já utilizada nos Renault 4 e 5, por exemplo, e também é utilizada pela Nissan com o Micra EV.
A estratégia da Ford não será somente um “badge engineering”, como é o caso do Nissan, onde as marcas apenas trocam emblemas de um carro ou realizam mudanças visuais mínimas. Segundo a Ford, seus modelos terão estilo, interior e comportamento bem diferentes dos modelos da Renault, próximos aos que os consumidores da Ford esperam e já estão acostumados com os carros da marca.
Apesar disso, debaixo da carcaça única, os modelos serão idênticos, o que significa motores entre 122 e 218 cv de potência máxima e baterias de até 52 kWh.
Fiesta pode retornar
Essa estratégia pode ser a salvação da Ford para permitir o retorno do nome Fiesta na Europa. Longe das lojas desde 2023, a marca norte-americana não tem planos de criar uma plataforma mais acessível, e aposta em parcerias para voltar a ser competitiva no segmento de entrada no Velho Continente.
Essa estratégia não seria novidade para a Ford, que vende os elétricos Explorer e Capri como versões rebatizadas dos Volkswagen ID.4 e ID.5. Em contrapartida, a Volkswagen recebeu a plataforma da Ford Ranger para produzir a segunda geração da Amarok na Europa.
A Ford precisa de modelos mais competitivos para vender carros elétricos na Europa. Em Portugal, por exemplo, o elétrico mais acessível da Ford é o Puma Gen-E, que parte de 31 mil Euros, enquanto o Renault 5 custa 24.900 euros no mesmo país.
Mesmo entre os modelos a combustão, os Ford são mais caros que os rivais. O carro mais acessível da marca do oval azul é o Puma, que parte de 29,2 mil euros, enquanto a Renault oferece Clio (21,9 mil) e Captur (24,2) e Symbioz (29,6) com preços mais atrativos.
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