Um estudo conduzido em Barcelona analisou a relação entre envelhecimento e segurança no trânsito, buscando determinar a idade ideal para que motoristas deixem de dirigir. Os pesquisadores concluíram que, em média, a partir dos 75 anos os reflexos diminuem de forma significativa, o que compromete a atenção e aumenta as chances de acidentes.
A investigação reuniu dados de exames médicos, além de testes de direção simulada e estatísticas de ocorrências reais envolvendo motoristas idosos. Entre os fatores mais observados estão a perda gradual da visão periférica, maior tempo de reação em situações de risco e dificuldade de adaptação a ambientes com tráfego intenso.
Entretanto, o estudo ainda ressalta que a apenas idade sozinha não deve ser o único critério. A recomendação é de que sejam feitas avaliações regulares de saúde física e cognitiva para determinar a real condição de cada motorista. Em países europeus, já existem regras que exigem exames médicos periódicos a partir dos 65 anos como forma de prevenir acidentes.
Embora os resultados tenham sido baseados na população da Espanha, os especialistas defendem que a discussão sobre limites de idade ao volante deve ser ampliada para outros países, especialmente em sociedades com expectativa de vida crescente.
No Brasil, não há uma idade máxima definida para deixar de dirigir, mas a legislação prevê que a partir dos 70 anos, os motoristas devem renovar a CNH a cada três anos, sempre passando por exames médicos. Apesar dessa exigência, especialistas defendem que avaliações cognitivas mais detalhadas poderiam ser incorporadas ao processo.
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