Sistemas de assistência ao motorista, como frenagem automática e sensores de proximidade, foram criados para tornar os carros mais seguros. Mas, na prática, esses mesmos recursos têm causado um efeito colateral indesejado, estão ajudando a aumentar o valor do seguro de veículos.
Apesar de reduzirem o número de acidentes, esses sistemas são caros para consertar e exigem uma mão de obra especializada, o que acaba pesando no bolso do consumidor. Um estudo feito no Reino Unido apontou que o sistema ADAS, reduziu em 25% a frequência de sinistros, mas, no mesmo período de cinco anos, o custo médio dos reparos aumentou 60%.
Isso acontece porque componentes como câmeras, radares e sensores precisam não apenas ser substituídos, mas também recalibrados com extrema precisão após colisões. Segundo a publicação Auto News, um pequeno desalinhamento de um sensor pode comprometer o sistema inteiro.
A dificuldade vai além, sendo que poucas oficinas estão equipadas para lidar com esse tipo de tecnologia. É necessário ter ambientes específicos, com a iluminação ideal, piso nivelado e equipamentos padronizados pelas montadoras.
Essas mudanças podem custar até US$ 1 milhão (R$5,5 milhões), o que limita a quantidade de centros de reparo preparados para esse tipo de serviço. Outro ponto levantado é o baixo uso desses sistemas por parte dos próprios motoristas.
Muitos condutores desativam os assistentes por achá-los incômodos ou desnecessários. Dessa forma, as seguradoras acabam arcando com altos custos de reparo para funções que sequer são utilizadas. Isso pressiona o mercado e reflete diretamente nos preços das apólices.
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