A Nissan perdeu posição entre os dez maiores fabricantes de automóveis do mundo no primeiro semestre de 2025, segundo levantamento da MarketLines publicado pelo Nikkei Asia. A marca japonesa não ficava fora do ranking desde 2009 e foi ultrapassada por rivais como Suzuki, Geely e BYD.
De janeiro a junho, a Nissan vendeu 1,61 milhão de veículos, queda de 6% em relação ao mesmo período do ano passado. O recuo abriu espaço para a Suzuki, que registrou 1,63 milhão de unidades no período, superando pela primeira vez a rival histórica. A diferença foi de cerca de 20 mil veículos.
O destaque do ranking ficou com os fabricantes chineses. A BYD cresceu 33% no semestre e consolidou sua posição entre os líderes, impulsionada pelo avanço dos carros elétricos. Já a Geely também superou a Nissan, reflexo da expansão global e do fortalecimento de marcas do grupo como Volvo, Polestar e Zeekr.
A saída do top 10 reflete o momento delicado da Nissan em mercados estratégicos. Enquanto concorrentes aceleram a eletrificação e ampliam presença em países emergentes, a japonesa ainda enfrenta dificuldades para renovar sua linha global e recuperar participação em regiões-chave como Estados Unidos e Europa.
A montadora, no entanto, trabalha em um plano de recuperação global que prevê lançamentos estratégicos até 2026. Entre eles está a nova geração do Kicks, produzida no Brasil e no México, além da renovação do Leaf e de SUVs híbridos e elétricos para mercados emergentes e desenvolvidos. A meta é reposicionar a Nissan em segmentos de alto volume, equilibrando custo competitivo e eletrificação acessível.
Além disso, a empresa aposta na aliança com a Renault e a Mitsubishi para compartilhar plataformas, reduzir custos e acelerar a introdução de novas tecnologias. A expectativa é que, com portfólio atualizado e maior presença em mercados em crescimento, a Nissan volte a disputar espaço entre as dez maiores montadoras globais nos próximos anos.
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