A Nissan não vive dias fáceis no mercado. Buscando formas de se recuperar financeiramente, a estratégia dos japoneses passa por apresentar novos produtos, buscando atrair o público. Um dos novos modelos é a terceira geração do elétrico Leaf, que virou um crossover e ganhou diversas melhorias para ficar mais interessante.
Alma de crossover, visual misto
A plataforma CMF-EV é a mesma do SUV maior Ariya e do Renault Megane. O visual dianteiro é muito próximo ao sedã Dongfeng N7, vendido pela marca na China. Os faróis de LED são unidos por uma barra iluminada na parte superior do para-choque, mas na parte inferior há uma pintura preta que dá à dianteira uma espécie de sorriso.
A lateral se destaca pela pintura em tom contrastante do teto, maçanetas escondidas nas portas dianteiras, enquanto as traseiras também ficam ocultas, mas na coluna C.
Na traseira, as lanternas são compostas por dois elementos, com três luzes verticais e luzes de seta na parte do para-choque, enquanto duas luzes em formato vertical ficam posicionadas na tampa do porta-mala.
O detalhe em cor preta na tampa do bagageiro e também as luzes traseiras mostram clara inspiração no Nissan Z.
A terceira geração do Leaf é menor que sua antecessora. Medindo 4,40 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,55 m de altura e 2,69 m de entre-eixos, o novo modelo é 9 cm menor em comprimento e 1 cm menor em entre-eixos que a segunda geração.
O porta-malas terá 437 litros na configuração europeia, enquanto o modelo norte-americano terá bagageiro para 420 litros. O Leaf anterior vendido no Brasil oferecia 435 litros.
Interior luxuoso
A cabine do novo Leaf aposta no minimalismo para embarcar na moda recente do meio automotivo, porém, mantém a nova linguagem da marca japonesa. O painel de instrumentos é cortesia de uma tela de 12,3 polegadas, mesmo tamanho da central multimídia. Dependendo do mercado, as telas serão maiores, oferecendo 14,3”.
O volante conta com apenas dois raios e a seleção de marchas acontece por meio de botões, um recurso que esperamos contar no Kicks de nova geração prestes a ser apresentado no Brasil.
A cabine conta ainda com teto panorâmico eletrocrômico nas versões topo de linha, assim como sistema de som assinado pela Bose e sistema ADAS com câmeras 3D e até novo sistema de piloto automático adaptativo.
Motorização e baterias aprimoradas
Com duas versões anunciadas, o Leaf será vendido nos Estados Unidos, Europa e Japão em duas versões. A opção de entrada conta com 52 kWh de capacidade e motor elétrico de 176 cv de potência e 35,1 kgfm de torque.
A versão mais cara entrega 75 kWh de bateria, 218 cv de potência e 36,2 kgfm de torque. Essa opção é capaz de percorrer mais de 600 km com uma carga segundo as estimativas da fabricante japonesa.
Para efeito de comparação, a segunda geração do Leaf contava com baterias de 40 e 62 kWh, capazes de 240 e 341 km de alcance, respectivamente. O motor entregava 149 cv ou 217 cv de potência, dependendo da versão.
Sistema de recarga aprimorado
Um dos pontos fracos dos Leafs antigos é a porta de recarga. Nesses modelos, a Nissan oferecia somente o plug de recarga utilizado na Ásia. Agora, cada mercado terá um padrão de carregamento próprio. Caso o Leaf seja vendido no Brasil, o padrão europeu CCS deverá ser adotado.
Segundo a Nissan, a recarga de 10% a 80% acontece em 35 minutos em carregadores de 150 kw. Além disso, o Leaf poderá transferir sua energia para eletrodomésticos ou outros equipamentos através da função V2L (vehicle to load) ou mesmo para uma casa.
Considerado um carro “global”, o Leaf chegará inicialmente aos Estados Unidos no último trimestre de 2025. Produzido no Japão e na Inglaterra, sua chegada ao Brasil é incerta, mas possível.
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