A Caoa está preparando uma nova fase em sua atuação no mercado automotivo brasileiro após o fim da parceria com a Hyundai e a relação com a Chery enfraquecida. A empresa pensa em passar a importar veículos da montadora chinesa Changan, uma das maiores fabricantes de automóveis da China, com um portfólio que inclui carros elétricos, híbridos e até modelos de luxo.
A parceria com a Hyundai foi uma das mais relevantes do setor nas últimas duas décadas, com modelos como Tucson, ix35 e Creta sendo montados pela Caoa e vendidos com grande sucesso. Nos últimos anos, no entanto, a montadora coreana passou a concentrar sua operação no país, diminuindo gradualmente a participação da Caoa.
Com o fim definitivo do acordo, a empresa busca novos caminhos para manter sua relevância na indústria automotiva nacional. A aposta na Changan segue uma tendência observada em todo o mundo, com marcas chinesas ganhando espaço e credibilidade, principalmente por causa de sua liderança em tecnologia, eletrificação e design moderno.
Além disso, a Caoa também pretende trazer a Avatr, marca de luxo ligada à Changan, que tem desenvolvimento conjunto com empresas como Huawei e CATL, reforçando o interesse da empresa em competir também em faixas mais altas do mercado.
Há expectativa de que os carros sejam futuramente produzidos em território nacional, possivelmente na fábrica de Anápolis, em Goiás, que já é utilizada pela Caoa. A possível nacionalização ajudaria a reduzir custos, ampliar a oferta de veículos com preços mais competitivos e atrair consumidores interessados.
Essa será a segunda tentativa da Changan de emplacar seus carros no mercado brasileiro. No passado, por meio da marca Chana, os chineses tentaram vender caminhões de pequeno porte, mas sem grande sucesso. A união com a Caoa, inclusive, não é nova, e já está em negociações desde 2019, mas agora parece que vai definitivamente adiante.
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