A Comissão Europeia propôs, nesta terça-feira (16), suspender a proibição de veículos novos com motores a combustão a partir de 2035. A decisão acontece após pressão de diversos países-membros, entre eles Alemanha, Itália e Polônia - as nações acreditam que a eletrificação ainda não avança no ritmo necessário.
A regra, vale lembrar, foi aprovada em 2023 e tinha como meta a produção e venda apenas de veículos eletrificados na Europa a partir de 2035. Assim, caso seja aprovada pelos países da UE e pelo Parlamento Europeu, a revisão da legislação representará um grande retrocesso ambiental.
Em vez do banimento total dos motores a gasolina e diesel, a proposta em estudo prevê novas metas de redução de emissões, possivelmente permitindo híbridos altamente eficientes e veículos abastecidos com combustíveis sintéticos.
É importante lembrar, ainda, que o setor automotivo europeu vive uma crise, com dificuldade nesta transição. Além de montadoras com problemas financeiros, as empresas da Europa sorem bastante com a concorrência asiática, principalmente provocados pelas fabricantes chinesas.
O recuo, porém, não é consenso nem entre as montadoras. Fabricantes como a Volvo, defensoras de uma eletrificação mais rápida, criticam a mudança e dizem que a UE arrisca perder liderança climática e tecnológica.
Já ambientalistas também alertam que a diluição das metas pode atrasar o corte de emissões no setor de transportes, um dos mais poluentes.
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