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Detran vai reparar airbags mortais antes de leiloar carros apreendidos

Iniciativa inédita busca eliminar riscos causados por airbags defeituosos da Takata e garantir que veículos devolvidos ou leiloados estejam seguros para circulação

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Airbag na frente do volante. O recall exigido decorre de problemas nesse equipamento.
Airbag na frente do volante. O recall exigido decorre de problemas nesse equipamento. Foto: Carros mais modernos podem trazer até 8 tipos de airbag em seu interior

O Detran-SP iniciou uma ação inédita para realizar reparos de recall em veículos apreendidos antes que eles sejam devolvidos aos proprietários ou encaminhados para leilão. O foco inicial do programa está nos airbags defeituosos da Takata, considerados um dos maiores escândalos da indústria automotiva mundial por estarem associados a acidentes fatais causados pela fragmentação do insuflador no momento da ativação.

A medida prevê a identificação, dentro dos pátios do Detran, de veículos que ainda não passaram pelo reparo do recall, por meio do cruzamento do número do chassi com os dados fornecidos pelas montadoras. Após a confirmação, os automóveis recebem o conserto ainda sob custódia do órgão, evitando que voltem às ruas com um item de segurança potencialmente letal.

Nesta primeira etapa, o Detran-SP firmou parceria com a Honda, uma das marcas mais impactadas pelo problema dos airbags da Takata. Até o momento, 18 veículos já tiveram os insufladores substituídos, e a expectativa é alcançar cerca de 400 automóveis da marca que se encontram apreendidos nos pátios do estado. A substituição é feita por técnicos autorizados, seguindo os mesmos padrões aplicados nas concessionárias.

Segundo o órgão, o objetivo é aumentar a segurança viária e a transparência nos leilões públicos, garantindo que os veículos ofertados estejam livres de recalls pendentes. A iniciativa também evita que compradores adquiram carros com problemas graves de segurança, algo que, até então, poderia passar despercebido no processo de venda.

O Detran destaca ainda que o projeto pode ser expandido para outras montadoras e outros tipos de recall, dependendo da viabilidade técnica e de novas parcerias com a indústria automotiva. A ideia é transformar o procedimento em um modelo permanente, especialmente para campanhas que envolvam riscos à vida dos ocupantes.

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