A Stellantis divulgou, na noite desta terça-feira (29), seu resultado financeiro referente ao primeiro semestre de 2025. Conforme o esperado, o grupo automotivo amargou números negativos, com prejuízo de 2,3 bilhões de euros e queda de 13% na receita líquida em comparação com o mesmo período de 2024.
Apesar disso, a Stellantis viu seu mercado na América do Sul crescer. No último semestre, o grupo dono de marcas como Fiat, Jeep, Citroën e RAM vendeu 471 mil veículos no continente. O número representa uma alta de 20% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.
A Stellantis seguiu liderando no mercado brasileiro, mas viu, principalmente, a Argentina puxar a alta. O bom momento resultou em uma receita de 7,8 bilhões de euros, um crescimento de 5%. O lucro operacional foi de 1,2 bilhão na região.
Para efeito de comparação, a Stellantis contabilizou um déficit operacional de 1 bilhão de euros na América do Norte. Já na Europa, o número ficou positivo em 9 bilhões de euros.
Em comunicado, o CEO Antonio Filosa atribuiu o período caótico às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos. Os custos de cancelamentos de programas, como o de veículos a hidrogênio, e as perdas por questões de mudanças de legislação também influenciaram no resultado.
Para reverter o quadro, o chefe italiano da Stellantis aguarda melhorias em outras áreas, como na otimização dos estoques e dos custos de produção. O retorno de alguns modelos de sucesso nos Estados Unidos, como o Jeep Cherokee e o Dodge Charger, também dão esperança.
Desta forma, a Stellantis tenta fechar 2025 no azul, com reversão da receita líquida e margem operacional na casa de um dígito.
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