Carros elétricos e híbridos estão se tornando cada vez mais populares no Brasil e no mundo. Somente em 2025, 30,6 mil novos carros elétricos chegaram às ruas brasileiras. Somando com a quantidade de híbridos, o número cresce para 112 mil. Com isso, muitos se questionam sobre preços para realizar a recarga desses carros, que não é tão caro quanto pode parecer.
Assim como em um carro a combustão, onde a conta para descobrir o valor para encher o tanque é apenas multiplicar a quantidade de litros no tanque pelo preço do combustível, no caso dos carros elétricos é preciso multiplicar o valor do kWh pela capacidade da bateria.
O elétrico mais vendido do Brasil, o BYD Dolphin Mini, tem 38 kWh de capacidade no pacote de baterias. Para descobrir o preço necessário para carregar o modelo, basta multiplicar 38 pelo preço do kWh. Em Belo Horizonte, por exemplo, com kWh custando R$ 0,68, carregar o compacto custa apenas R$ 25,84.
Logicamente, quanto mais caro for o kWh, mais caro será para carregar. No Rio de Janeiro, com o kWh custando R$ 1,12, carregar o Dolphin Mini custa R$ 42,56. O tempo de recarga vai depender se o usuário utiliza a tomada doméstica tradicional ou o Wallbox, que faz a recarga mais rapidamente, mas tem um custo elevado de aquisição e instalação.
No caso dos híbridos plug-in, a lógica é mantida. Como esses veículos possuem baterias menores, o valor necessário será menor, porém, esses carros também utilizam gasolina e precisam ser reabastecidos.
Um exemplo de carro híbrido plug-in é o BYD King GS. A bateria tem 18,3 kWh de capacidade, enquanto o tanque de combustível tem 48 litros de volume. Ao plugar o modelo na tomada, considerando os R$ 0,68 do kWh na capital mineira, é necessário apenas 12,44 reais para rodar 120 km em modo exclusivamente elétrico.
Com a gasolina custando em média R$ 6,39 na capital mineira, para encher o tanque de combustível do modelo é necessário R$ 306,72, somados aos 12,44 da parte elétrica, o proprietário do King gastaria R$ 319,16 para ter o máximo de alcance disponível.
Recargas públicas são mais caras
Quem não possui um wallbox em casa, ou não tem uma tomada disponível na garagem de casa ou do prédio, precisa recorrer aos equipamentos públicos. Locais como mercados e shopping centers disponibilizam carregadores gratuitamente para seus clientes. Entretanto, há sempre o risco de estarem sendo utilizados.
Além de estarem ocupados, esses carregadores gratuitos muitas vezes precisam de um aplicativo exclusivo para serem ativados, o que leva certo tempo para baixar e criar uma conta.
Carregadores públicos pagos também estão sujeitos às mesmas situações inconvenientes citadas acima, mas é necessário desembolsar um valor para realizar a recarga.
Dependendo da velocidade do carregador e da região onde está instalado, o custo pode variar bastante. No Rio de Janeiro, por exemplo, um carregador em Botafogo cobra R$ 2,40 o kWh das 6 da manhã às 22h, e R$ 2,25 entre às 22h e 05:59.
Esses eletropostos podem cobrar ainda um valor extra para iniciar a recarga, também chamado de custo de ativação. Além disso, caso a bateria seja carregada totalmente e o equipamento fique ocupado, é pago um custo de ociosidade, que pode chegar a R$ 1,40 por minuto.
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