A Stellantis divulgou, nesta segunda-feira (15), o primeiro balanço de seu desmanche veicular, inaugurado em agosto, na cidade de Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a montadora, já foram 370 veículos desmontados em 100 dias, resultando em mais de 6 mil peças usadas destinadas à comercialização.
Deste montante, 1,6 mil componentes foram vendidos em canais físicos e digitais, incluindo peças multimarcas. A loja oficial da Circular AutoPeças no Mercado Livre respondeu por 66% das vendas, enquanto 34% dos itens foram adquiridos diretamente na loja física do CDV em Osasco (SP). A operação também permitiu a formação de um estoque inicial com 4 mil peças disponíveis.
A Stellantis classifica seu Centro de Desmontagem como uma das apostas para se tornar mais sustentável. Segundo a empresa, o local tem capacidade para desmontar até 8 mil veículos por ano. A montadora afirma ter investido R$ 13 milhões no espaço, abrindo 150 postos de trabalho.
"Estamos ampliando o acesso dos clientes a componentes de origem controlada, fortalecendo nossa presença digital e contribuindo para um modelo de consumo mais responsável. Esse avanço confirma que a economia circular é uma alavanca real de valor para o cliente, para a rede e para o futuro do nosso negócio,” diz Paulo Solti, vice-presidente Sênior de Peças e Serviços para América do Sul.
Como funciona?
Segundo a Stellantis, a empresa recebe veículos sinistrados, classificados como perda total, ou automóveis que chegaram ao fim de sua vida útil. Esses carros são adquiridos por meio de leilões e passam por um processo regulamentado de desmonte, que garante a destinação ambientalmente correta de peças e materiais.
Ao chegar à unidade, o veículo passa por uma área de descontaminação, onde são retirados todos os fluídos, como óleos e combustíveis. Em seguida, segue para a linha de desmontagem, onde técnicos avaliam a condição geral do veículo e de seus componentes por meio de testes e inspeções detalhadas.
As peças aptas ao reaproveitamento são separadas para reuso ou remanufatura. As que serão reutilizadas passam por um processo de limpeza com produtos biodegradáveis e recebem uma identificação individual com classificação, valor de mercado e etiqueta de rastreamento emitida pelo Detran.
Além das exigências dos órgãos reguladores, a Stellantis diz ter um sistema próprio para codificação e controle de qualidade, assegurando a padronização de todo o processo.
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