A Mercedes-Benz está reavaliando algumas de suas escolhas de engenharia e pretende adotar uma abordagem mais “raiz” no desenvolvimento de futuros veículos, priorizando o uso de parafusos no lugar de colas estruturais. A mudança faz parte de um esforço para tornar os carros mais fáceis de reparar, desmontar e reciclar, além de reduzir a complexidade e os custos de produção.
Segundo executivos da marca, o uso excessivo de adesivos industriais, comum em veículos modernos dificulta demais os reparos simples e encarece tanto a manutenção quanto o processo de reciclagem ao fim da vida útil do carro.
Componentes colados muitas vezes precisam ser destruídos para remoção, o que vai na contramão das metas de sustentabilidade e economia circular defendidas pela própria Mercedes.
A ideia não é eliminar totalmente os adesivos, mas restringir seu uso apenas onde forem realmente necessários, combinando-os com soluções mecânicas mais tradicionais, como parafusos e fixações modulares. Isso também pode reduzir o tempo de reparo em oficinas e facilitar atualizações ou substituições de componentes ao longo do ciclo de vida do veículo.
Essa mudança de filosofia está alinhada com o desenvolvimento da próxima geração de plataformas da marca, incluindo arquiteturas para carros elétricos, e indica uma guinada importante em relação ao excesso de complexidade visto em alguns modelos recentes.
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