O Tribunal de Justiça de Las Vegas absolveu a General Motors (GM), nesta semana, em um grande processo que perdurava desde 2018. Na ação, uma cliente da montadora exigia a indenização de U$S 73 milhões (R$ 394 milhões) por um acidente ocorrido há sete anos. As informações são do site "Carscoops".
Na ocasião, Allie Mead sofreu um grave acidente enquanto dirigia sua Chevrolet C/K 1500 de 1998. Embora tenha sobrevivido, a cliente da GM sofreu vários ferimentos, incluindo uma fratura na coluna, ruptura do cólon e trauma abdominal.
No processo, a defesa da motorista alegou que as lesões foram causadas pelo "projeto negligente e inadequado" do cinto de segurança de dois pontos. Mead afirmou que, se a caminhonete estivesse equipada com um cinto de segurança de três pontos mais avançado, ela não teria sofrido os mesmos ferimentos.
A GM, por sua vez, argumentou que, na época em que a picape foi vendida, ela atendia ou excedia todos os padrões federais de segurança, acrescentando que os cintos de segurança de três pontos não eram obrigatórios para o assento central traseiro.
Durante o julgamento, os advogados da GM explicaram que o cinto de segurança é projetado para distribuir a energia do impacto e impedir que o ocupante seja projetado para a frente ou ejetado do veículo.
Já a defesa de Mead comentou que o cinto de segurança de três pontos deveria ser item de série, acrescentando que adicioná-lo seria economicamente viável a GM.
Apesar da apelação, o Tribunal entendeu que o dispositivo da Chevrolet C/K 1500 era adequado para época e não possuía qualquer defeito.
O processo contra as montadoras de carros devido a acidentes, vale ressaltar, não é incomum nos EUA. Recentemente, a BMW foi condenada a pagar R$ 10 milhões a um cliente que teve o dedo decepado pela porta de seu X5.
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