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NOS ESTADOS UNIDOS

BMW vai pagar R$ 10 milhões para cliente que teve dedo decepado por porta

O caso aconteceu em julho de 2016, na cidade de Nova York (EUA), mas só teve um desfecho nesta semana

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Novo BMW X5 visto de frente em movimento na estrada.
Novo BMW X5 visto de frente em movimento na estrada. Foto:

A BMW recorreu até a última instância, mas será obrigada a pagar US$ 1,9 milhão (na cotação atual, R$ 10, 1 milhões) a um cliente que teve o dedo o decepado ao prender o dedo na porta de seu X5. O caso aconteceu em julho de 2016, na cidade de Nova York (EUA), mas só teve um desfecho nesta semana. 

Na ocasião, o norte-americano Godwing Boateng estava com a mão apoiada na coluna de seu BMW X5 xDrive35i Sport 2013, com a porta entreaberta. O mecanismo de fechamento suave da porta foi acionado, decepando a ponta do seu dedo do motorista.

Chave presencial do modelo X5
Chave presencial do modelo X5 Foto: Reprodução/BMW

Boateng processou a montadora alemã, alegando que poderia perder até US$ 3 milhões em salários devido à amputação da ponta do polegar. No processo, o cliente argumentou que as portas com fechamento suave da BMW eram perigosas, já que não utilizavam sensores para detectar objetos. 

A BMW, por sua vez, chegou a inspecionar o veículo de Boateng, concluindo que não havia defeito no mecanismo de fechamento suave das portas e negando qualquer responsabilidade por danos ou ferimentos. 

Ainda assim, no ano passado, a Justiça de Nova York deu vitória no caso ao dono da X5. O júri estabeleceu que a BMW deveria pagar U$ 1,9 milhão, sendo US$ 800 mil por dor e sofrimento passados, US$ 850 mil por dor e sofrimento futuros e cerca US$ 255 mil por perda de rendimentos passados.

SUV BMW X5 branco visto de frente
SUV BMW X5 branco visto de frente Foto: Divulgação/BMW

Inconformada com o resultado, a BMW solicitou um novo julgamento, o que foi negado pela Corte. Neste ano, a fabricante ainda levou o caso ao Tribunal de Apelações do Segundo Circuito dos EUA, mas viu seu recurso ser rejeitado novamente.

Com todas as apelações esgotadas, a montadora alemã terá que indenizar o consumidor cerca de dez anos depois do incidente.