A Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) confirmou que um acordo de cooperação com fornecedores da China garantiu o fornecimento contínuo de chips e componentes eletrônicos ao Brasil, evitando uma nova crise de produção no setor automotivo. A medida vem após o alerta de montadoras sobre possíveis paralisações nas linhas de montagem por falta de semicondutores, situação semelhante à vivida em 2021 e 2022.
Segundo a entidade, as negociações foram concluídas em outubro e contaram com o apoio do governo federal, que intermediou o diálogo com fabricantes chineses de microchips e integradores de sistemas. O novo acordo prevê prioridade de entrega ao mercado brasileiro, especialmente para componentes usados em sistemas de injeção, controle de estabilidade, freios ABS e centrais multimídia.
De acordo com o presidente da Anfavea, Mário de Lima Leite, a medida “evita um colapso logístico e garante previsibilidade para as montadoras até meados de 2026”. Ele destacou que a dependência global da Ásia ainda é um desafio, mas que o Brasil conseguiu assegurar contratos de fornecimento graças ao fortalecimento das relações comerciais com a China.
O fornecimento de chips foi um dos principais gargalos enfrentados pela indústria automotiva durante a pandemia, quando a escassez global levou à suspensão temporária de fábricas e ao atraso na entrega de veículos. A estabilização do fluxo de componentes deve ajudar o setor a manter o ritmo de produção e atender à crescente demanda do mercado interno.
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