Uma pesquisa feita pelo banco BV mostra que a adoção de veículos elétricos no Brasil ainda está longe de ser uma realidade. Segundo o levantamento, apenas 7% dos consumidores afirmam ter a intenção de adquirir um modelo elétrico em sua próxima compra.
O estudo, realizado em parceria com a consultoria Consumoteca, entrevistou 2.000 pessoas em todas as regiões do país entre os dias 5 e 9 de junho de 2025. O resultado indica que, apesar do avanço das discussões sobre sustentabilidade, os fatores determinantes para a escolha de um carro continuam sendo conforto (42%), preço (38%) e economia de combustível (37%). A baixa emissão de poluentes foi mencionada por apenas 18% dos entrevistados como critério de decisão.
A pesquisa também revela diferenças marcantes entre classes sociais. Nas classes A e B, o interesse por elétricos e híbridos é maior, associado à ideia de inovação, status e sofisticação. Já nas classes C, D e E, prevalecem preocupações imediatas como custo do veículo, manutenção acessível e condições de financiamento.
Mesmo assim, metade dos entrevistados (50%) afirma esperar preços mais baixos para modelos elétricos, enquanto 47% valorizam maior autonomia para viagens longas. Ainda assim, o bolso segue como o principal fator na escolha.
Outro ponto que pesa contra a popularização dos elétricos é a rápida desvalorização. Dados do IBV Auto, indicador recém-lançado pelo banco, mostram que modelos elétricos lançados em 2022 acumularam queda média de 46,6% no valor até agosto de 2025.
O cenário indica que, embora exista curiosidade e expectativa em torno da tecnologia, o carro elétrico ainda está distante da realidade da maioria dos brasileiros.
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