A Volkswagen fez uma escolha ousada ao adicionar comandos táteis ao volante de seus carros. O que parecia uma escolha futurista para seus carros, está se mostrando uma escolha equivocada. Um grupo de proprietários está processando a marca justamente por essa função, afirmando que os controles são inconvenientes e apresentam risco à segurança.
Segundo o processo que corre na justiça dos Estados Unidos, os consumidores afirmam que é possível ativar o piloto automático adaptativo “com um mero toque leve da mão”, o que pode levar a situações perigosas no trânsito.
SUV elétrico é o principal problema
Boa parte dos clientes que processaram a marca são proprietários do SUV elétrico ID.4, oferecido no Brasil por assinatura, bem como o ID.BUZZ. Por aqui, o volante com comandos táteis é oferecido também no Jetta GLI e no Tiguan R. Essa função está presente nos carros da marca desde 2022, e nunca se mostrou popular entre os motoristas.
Segundo o processo, os clientes alegam estar “aterrorizados e hesitantes” de dirigir seus carros novamente. Os autores afirmam ainda que a Volkswagen está ciente do problema, pois foi reportado pelos concessionários e que nada foi feito para realizar “reparos” nos veículos ou reembolsar os clientes.
Marca mudará os comandos
Não é de hoje que a Volkswagen ouve reclamações de seus clientes sobre os comandos sensíveis ao toque nos volantes. No início do ano, o chefe de design da marca, Andreas Mindt, revelou que a fabricante mudará o design interior de seus carros para atender a demanda dos clientes.
Entretanto, a mudança não acontecerá nem tão cedo. Segundo o executivo, somente modelos futuros da marca contarão com comandos físicos nos volantes e no console central, mas só devem começar a mudar a partir de 2027, com o novo elétrico de entrada da marca.
Mindt declarou que funções como: volume, aquecimento de bancos, controle de ventilação, e as luzes de emergência (abaixo da multimídia) usarão comandos físicos. Além disso, os comandos do volante também serão tradicionais. “Os clientes não terão mais que adivinhar. [botões físicos] Tem resposta, é real, e as pessoas gostam disso. Honestamente, é um carro, não um telefone”, encerrou o chefe de design.
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