Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) identificaram que estações de recarga rápida para veículos elétricos podem gerar níveis elevados de poluição do ar em seus arredores, criando “pontos quentes” de partículas finas (PM?.?).
As medições foram realizadas em diferentes locais de Los Angeles. Os resultados mostraram que a concentração de partículas variou entre 7,3 e 39 µg/m³ perto dos carregadores, contra 3,6 a 12,4 µg/m³ registrados em áreas urbanas sem essa infraestrutura. Em alguns casos, os níveis chegaram a ser até 16 vezes superiores aos encontrados em postos de combustíveis.
Segundo o estudo, a poluição não vem da queima de combustíveis fósseis, mas sim da re-suspensão de poeira, resíduos de pneus e freios causada pelos ventiladores de resfriamento instalados nos armários de energia dos carregadores rápidos, que espalham essas partículas para o ar.
A exposição a partículas ultrafinas representa riscos à saúde, já que elas podem penetrar profundamente nos pulmões e atingir a corrente sanguínea, aumentando a chance de doenças respiratórias e cardiovasculares.
Os pesquisadores defendem que soluções de engenharia, como filtros de ar e mudanças nos sistemas de ventilação, podem mitigar o problema. Para eles, é um desafio técnico que não compromete a viabilidade dos veículos elétricos como alternativa mais limpa de transporte, mas que precisa ser enfrentado para garantir segurança também no entorno da infraestrutura.
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