A eletrificação é um caminho sem volta para as fabricantes atingirem as metas de emissão de poluentes em muitos mercados ao redor do mundo. Esse movimento forçará um dos principais modelos da história da Volkswagen, o Golf GTI, a se tornar híbrido para seguir em produção.
Completando 50 anos em 2026, a linha GTI foi o tema de uma entrevista de Thomas Schäfer, CEO da Volkswagen, que deu algumas pistas sobre o futuro do modelo icônico:
“GTI é uma das nossas submarcas mais conhecidas e estaremos celebrando essa data com o GTI mais rápido já feito. O Golf GTI estará presente de 2026 em diante, é uma parte muito importante da marca e [sua importância] é sobre sensações ao dirigir, não é sobre o som e o motor. Também pode ser transferido para um mundo elétrico e temos um caminho claro para isso”, declarou o executivo.
“Alguns países estão mudando muito rapidamente para a mobilidade elétrica, enquanto outros não mudam. Então provavelmente até os anos 2030 teremos motores a combustão, provavelmente um pouco eletrificados, mas o GTI é o núcleo da nossa marca”, completou.
Vale lembrar que em outras entrevistas no passado, executivos da marca confirmaram que a nona geração do Golf será exclusivamente elétrica e está planejada para chegar ao mercado justamente entre 2029 e 2030.
Porém, algumas marcas estão voltando atrás nas promessas de modelos exclusivamente elétricos, como a própria Porsche, que irá desenvolver um novo SUV a combustão por conta das baixas vendas do Macan elétrico.
É bem possível que exista sim um GTI 100% elétrico, mas que conviva com versões eletrificadas da oitava geração para mercados que ainda não aceitam carros completamente elétricos.
Brasil já teve Golf Híbrido
Por aqui, a Volkswagen chegou a lançar uma versão híbrida do hatchback compacto em 2019. O modelo, então na sétima geração, contava com motor 1.4 turbo de 150 cv e um elétrico de 102 cv. Combinada, a potência máxima do Golf GTE era de 204 cv e o torque era de 35,7 kgfm.
Para efeito de comparação, um Golf GTI 2019 entregava 230 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, e contava com o motor 2.0 TSI.
O Golf GTE não fez muito sucesso nas vendas, por conta do preço elevado (R$ 199.990) à época, o modelo chegou em lote de apenas 99 unidades, das quais 57 acabaram sendo negociadas com uma locadora de veículos em 2020. Na Europa, o Golf GTE segue à venda, bem como as versões GTD, movidas a diesel.
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