A Fiat apresentou na Itália, durante o evento do Grande Panda Hybrid, o Grande Panda 4x4 Manifesto, um conceito de crossover compacto com tração nas quatro rodas que resgata a alma do Panda 4x4 dos anos 80. Com visual retrô, pneus todo-terreno e um sistema híbrido AWD, o modelo é um preview de uma versão de produção que deve chegar à Europa em 2026.
O Grande Panda 4x4 Manifesto é um crossover compacto com pegada off-road, baseado no Grande Panda lançado em 2024. Diferente do modelo padrão, ele ganha reforços para encarar terrenos difíceis, como por exemplo, mais revestimento plástico na carroceria, rack de teto com pneu sobressalente, faróis e luzes no teto com LEDs estilo pixel e rodas de aço de 16 polegadas com pneus todo-terreno. A pintura Bordeaux, com detalhes bege, é uma homenagem ao Panda 4x4 de 1983, que marcou época pela sua robustez.
Por dentro, a Fiat não revelou detalhes, mas o Grande Panda padrão já traz multimídia de 10,25 polegadas com Apple CarPlay e Android Auto, faróis LED pixel e câmbio automático. O conceito deve manter esse pacote, com ajustes para reforçar o estilo aventureiro nos acabamentos.
O grande diferencial do Panda Manifesto é o sistema AWD, ou seja, tração integral, com um eixo traseiro eletrificado que lembra o usado no Jeep Avenger 4xe, com motor elétrico de 28 cv. Ainda não está claro se é um híbrido-leve com motor 1.2 a gasolina ou um elétrico puro, mas a Fiat diz que o sistema pode funcionar com ambos.
Na Europa, o Grande Panda já tem versões híbrido-leve (MHEV) (a partir de €19 mil, uns R$ 115 mil) e elétrica (a partir de €25 mil, cerca de R$ 150 mil), com entregas a partir de março de 2025.
A plataforma é a STLA City, derivada da Fiat e diferente da Smart Car usada por outros modelos Stellantis, como o Citroën C3. Essa base permite versões híbridas e elétricas, o que dá flexibilidade para mercados como o Brasil, onde a eletrificação está crescendo.
No Brasil, o Grande Panda não será qualquer carro por aqui, é o pontapé para uma nova era da Fiat. O modelo vem para substituir o Argo, como confirmou o CEO global da Fiat, Olivier Francois, em março, e pode vir com o nome de “Uno” a partir de 2026, com produção em Betim (MG).
O design do Grande Panda, com linhas quadradas e visual retrô-moderno, será a base pros próximos modelos brasileiros. As novas gerações do Pulse, Fastback e Strada vão adotar essa identidade, com detalhes como faróis pixelados e grade robusta.
A Fiat também planeja um SUV compacto de sete lugares, apelidado de “Giga-Panda”, que virá ao Brasil, como já adiantou o VRUM, além de um furgão para substituir o Doblò, todos com o mesmo DNA visual.
A aposta no Brasil faz sentido. O país é o maior mercado da Fiat na América Latina, e o segmento de SUVs e hatches compactos domina as vendas.
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