Os carros elétricos e híbridos, conhecidos por sua tecnologia silenciosa e sustentável, emitem sons artificiais por uma razão essencial, a segurança. Diferentemente dos veículos a combustão, que produzem ruídos naturalmente, os motores elétricos funcionam de forma quase imperceptível, principalmente em baixas velocidades.
Esse silêncio, embora agradável para o motorista, pode apresentar perigos para pedestres, ciclistas e pessoas com deficiência visual, que dependem do som dos motores, para perceber a aproximação de um veículo.
Para evitar acidentes, fabricantes passaram a incluir sistemas de som artificiais nos carros elétricos e híbridos. Esse ruído, gerado por alto-falantes externos, é projetado para ser audível em velocidades geralmente inferiores a 30 km/h e também durante manobras em marcha à ré. A intenção é simples, garantir que o veículo seja percebido em ambientes urbanos, sem poluir acusticamente o trânsito.
A introdução desses sons não é apenas uma escolha das montadoras, mas uma exigência legal em diversos países. Na Europa e nos EUA, o sistema AVAS (Acoustic Vehicle Alerting System) tornou-se obrigatório desde 2019. No Brasil, de acordo com regulamentação do CONTRAN estabeleceu que esses ruídos seriam obrigatórios nos eletrificados vendidos no país a partir de 2022.
Além da segurança, muitas marcas utilizam o som como parte da identidade do veículo. Montadoras como BMW, Mercedes-Benz e Nissan criam ruídos personalizados, que variam conforme a aceleração de cada modelo. A BMW, por exemplo, chegou a trabalhar com o compositor Hans Zimmer para desenvolver sons exclusivos para seus carros.
Portanto, os sons emitidos pelos carros elétricos e híbridos não são defeitos nem ruídos indesejados, mas elementos cuidadosamente planejados para proteger as pessoas e reforçar a identidade dos veículos. É um equilíbrio entre segurança, inovação e design sonoro.
- Assista aos vídeos do VRUM no YouTube e no Dailymotion!