Ao menos 40 carros da Tesla já foram atingidos por trens enquanto rodavam no modo FSD (Full-Self Driving), o sistema de condução semiautônoma. Esta, ao menos, é a constatação do levantamento feito pela emissora norte-americana "NBC News" entre junho de 2023 e agosto de 2025. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (16).
Um dos casos recentes ocorreu em junho, na cidade de Sinking Spring, na Pensilvânia. Na ocasião, o motorista Jared Sharaw rodava com seu Model 3 no modo de condução autônoma quando caiu na linha do trem. Felizmente, ninguém ficou ferido, mas o condutor responsabilizou a tecnologia da Tesla pelo acidente.
O mesmo poderia ter acontecido com o motorista Italo Frigoli, que quase viu seu Model Y cair numa linha de trem no Texas. "Eu acho que com luzes vermelhas piscando, o carro deve parar sozinho. Em futuras atualizações do FSD, espero que eles o codifiquem para funcionar e reconhecer os cruzamentos ferroviários corretamente", disse à reportagem.
Em meio ao alto número de casos, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) disse que está tratando sobre o assunto com a Tesla. "Estamos cientes dos incidentes e estamos em comunicação com o fabricante", disse a agência.
"A agência analisa continuamente as reclamações dos consumidores para determinar se existe uma possível tendência de defeito de segurança nos veículos. Continuaremos a aplicar a lei a todos os fabricantes de veículos automotores e equipamentos, conforme a Lei de Segurança Veicular e nosso processo investigativo baseado em dados e riscos", continuou.
A Tesla, oficialmente, alega que seus FSD possui uma direção semiautônoma de nível 2. Ou seja, o veículo pode acelerar, frear e manter a distância dos outros carros por alguns quilômetros. Ainda assim, o carro precisa da supervisão do condutor. Ao mesmo tempo, a Tesla aposta cada vez mais nos robotaxis para sair da crise.
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