A Neta retomou suas operações na China após conseguir o aporte financeiro de 47 investidores para evitar a falência. A informação foi divulgada pelo site chinês "CarNewsChina", que acompanha a indústria automobilística no país. 

A marca chinesa de veículos elétricos, que pertence ao Grupo Hozon Auto, vive uma profunda crise desde o ano passado. Segundo a imprensa local, a Neta chegou a demitir uma parte considerável do quadro e apresentou até pedido de falência. 

Porém, conforme a reportagem publicada no início desta semana, a Neta voltou a pagar os funcionários e voltou às atividades em sua sede, situada em Tongxiang, na província de Zhejiang. A expectativa da marca é crescer para competir com a BYD. 

A retomada só foi possível devido a uma iniciativa peculiar da Neta. Recentemente, a marca criou um canal oficial na plataforma Alibaba para atrair investidores dispostos a participar da reorganização - 47 empresários demonstraram interesse. 

Fundada em 2014, a Neta viu suas vendas despencaram em até 98% no ano passado. Segundo a imprensa chinesa, as perdas acumuladas da empresa passaram de 18,3 bilhões de yuans (cerca de US$ 2,5 bilhões). 

Em meio a este cenário, o site "Kuai Technology" noticiou que a Neta poderia ser comprada pela Toyota. A ideia da renomada montadora japonesa seria fortalecer o seu nome no ramo de eletrificados na China. Posteriormente, entretanto, a informação foi negada pelos nipônicos.

No Brasil, a Neta também vive dias difíceis. Em novembro do ano passado, a marca desembarcou ao país vendendo seus carros em shoppings de cinco estados: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraíba, Ceará e Espírito Santo. Já em janeiro de 2025, a marca abriu sua primeira concessionária no Rio de Janeiro.

Entretanto, menos de 100 unidades da Neta foram emplacadas no país no primeiro semestre de 2025. Mesmo com o fracasso momentâneo, representantes da marca garantem que não deixarão o mercado tão cedo.