A BYD inaugurou, nesta terça-feira (1º), a sua tão aguardada fábrica em Camaçari, na Bahia - a planta, no passado, foi utilizada pela Ford. No evento, a empresa chinesa apresentou o seu primeiro carro elétrico 100% brasileiro: o Dolphin Mini, o veículo mais vendido da marca no país. Além do compacto, também foi exibida uma unidade do super híbrido Song Pro.
A BYD vai iniciar a produção de três modelos nas próximas semanas: o Dolphin Mini, o Song Pro (GL/GS) e o King (GL/GS). A empresa levou 15 meses entre iniciar as obras e entregar os primeiros veículos em caráter experimental. "Escolhemos a Bahia pela força de seu povo, pela mão de obra capacitada e por acreditarmos no potencial transformador dessa região", disse Stella Li, vice-presidente executiva global e CEO da BYD Américas e Europa.
Ao todo, a BYD está investindo R$ 5,5 bilhões no Brasil, sendo que R$ 1,4 bilhão é destinado apenas para a fábrica na Bahia. Atualmente, a montadora já emprega cerca de 1 mil pessoas e deve, nos próximos meses, abrir mais 3 mil vagas. A meta ousada da empresa é produzir 50 mil veículos neste ano, subindo o número para 150 mil em 2026.
"Estamos transformando Camaçari em uma potência para o futuro. Esse complexo fabril representa uma vitória da inovação, da sustentabilidade e da confiança no Brasil. A BYD chega com tecnologia, investimentos e propósito: fazer parte do próximo capítulo do setor automotivo nacional. O que estamos vendo hoje na Bahia é um marco na reindustrialização do país e um grande salto tecnológico", destaca Alexandre Baldy, vice-presidente sênior e head Comercial e de Marketing da BYD Auto Brasil.
Como vai funcionar?
A fábrica da BYD tem 4,6 milhões de metros quadrados, o equivalente a 645 campos de futebol - é a maior unidade do grupo fora da China. Segundo as estimativas da empresa, quando todas as fases estiverem concluídas, o projeto deve gerar até 20 mil empregos diretos e indiretos.
Inicialmente, a BYD vai operar no sistema SKD (Semi Knocked-Down), que é a importação de veículos semi desmontados. A planta evoluirá, gradualmente, para produção nacional completa — incluindo estampagem, soldagem, pintura e aumento do conteúdo local.
A BYD também anunciou que irá desenvolver um motor híbrido flex, o 1.5 DM-i, projetado e construído numa cooperação entre cientistas chineses e brasileiros. Este tipo de motor é desenvolvido para rodar com gasolina e etanol, combinando tecnologia elétrica com desempenho e eficiência. Nas próximas semanas, a BYD deve dar mais detalhes sobre a operação na fábrica.
BYD em alta
A BYD está crescendo em todo o mundo, alcançando um aumento de 31,5% nas vendas globais neste primeiro semestre de 2025. No Brasil, o cenário não é diferente. Em franca ascensão, a marca já é a nona mais vendida no país, se aproximando da japonesa Honda e da Jeep.
A empresa chinesa vem se aproveitando do aumento no mercado de carros eletrificados no Brasil, que pode chegar em 170 mil em 2025. Apesar disso, a BYD sabe que enfrentará uma forte concorrência ainda mais forte nos próximos meses.
Além da chegada de outras marcas ao país, a GWM vai começar a produzir, no fim de julho, o SUV Haval 6 e a picape Poer em sua unidade no interior de São Paulo.
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