A Nissan decidiu ampliar os cortes e irá demitir 20 mil empregados em todo o mundo nos próximos meses. A quantidade de funcionários desligados representa 15% do quadro geral e significa a última tentativa para a empresa evitar a falência. As informações foram divulgadas pela emissora "NHK", do Japão, nesta segunda-feira (12).
Anteriormente, a montadora de carros japonesa esperava dispensar cerca de 10 mil pessoas, fechar algumas fábricas ao redor do mundo e reduzir sua produção de veículos em 20%. Porém, com o agravamento da crise financeira, a Nissan viu que as medidas não eram suficientes e decidiu diminuir ainda mais o número de empregados.
Recentemente, a Nissan adiantou que esperava um prejuízo de 5 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 29 bilhões) no ano fiscal, encerrado em março. A projeção, se confirmada, significa o pior resultado da história da fabricante. Em comunicado, a Nissan também adiantou que suas vendas globais caíram 4,3% em comparação com o ano anterior, fechando em aproximadamente 3,3 milhões de emplacamentos.
Há luz no fim do túnel?
Em meio ao cenário desanimador, os rumores sobre uma possível falência da Nissan vão ganhando força. No final do ano passado, um executivo importante chegou a dizer que a montadora tinha 12 meses para sobreviver.
Para tentar uma recuperação imediata, a Nissan prepara uma série de lançamentos, como os novos Kicks, Versa, Sentra e Frontier. A expectativa é aumentar as vendas na China, Japão e na Europa, os mercados que sofreram mais quedas em 2024. No Brasil, a fabricante japonesa já foi ultrapassada pela BYD neste ano, ocupando a 10ª posição no ranking das marcas.
Vale lembrar que, recentemente, a Nissan anunciou que desistiu da parceria com a também japonesa Honda. A principal razão para o fracasso das tratativas foi a exigência da Honda para que a Nissan abandonasse seu sistema híbrido próprio, o e-Power.