A Nissan Motors espera um prejuízo de 5 bilhões de dólares (cerca de R$ 29 bilhões) para o ano fiscal, encerrado em março. O balanço oficial da montadora japonesa está previso para ser apresentado até 13 de maio. Se confirmada a projeção, a empresa terá o seu pior resultado da história.
Segundo a imprensa nipônica, o déficit da Nissan surpreende negativamente. A estimativa da fabricante era fechar o ano fiscal com um prejuízo dez vezes menor, ou seja, de aproximadamente R$ 3 bilhões. A montadora afirmou que uma revisão dos ativos de produção na América do Norte, América Latina, Europa e Japão levou a perdas superiores.
Em comunicado, a Nissan também adiantou que suas vendas globais caíram 4,3% em comparação com o ano anterior, fechando em aproximadamente 3,3 milhões de emplacamentos. Os mercados que sofreram mais quedas foram da China, Japão e Europa.
Em meio a este cenário, os rumores sobre uma possível falência da Nissan vão ganhando força. No final do ano passado, um executivo importante chegou a dizer que a montadora tinha 12 meses para sobreviver.
Poucos meses depois, a Nissan anunciou que desistiu da parceria com a também japonesa Honda. A principal razão para o fracasso das tratativas foi a exigência da Honda para que a Nissan abandonasse seu sistema híbrido próprio, o e-Power.
Mesmo diante deste cenário e das especulações, a Nissan garante ter uma solução a curto prazo. "Apesar desses desafios, temos recursos financeiros significativos, um forte pipeline de produtos e a determinação de recuperar a Nissan no próximo período", disse o presidente executivo, Ivan Espinosa.
No Brasil, a Nissan foi a nona marca que mais vendeu carros novos em 2024, ficando à frente da BYD. Os modelos mais comprados pelos brasileiros são: Kicks, Versa, Sentra e Frontier.