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Quando o carro híbrido aposentará o convencional?

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Quando falamos em carro híbrido, parece que estamos nos referindo a uma tecnologia recente. Na verdade, eles não são tão inovadores como pode pensar um analista menos atento.

Tudo começou em 1898, quando o Dr. Ferdinand Porsche desenvolveu e construiu o Lohner Mixte Hybrid, o primeiro carro híbrido (gasolina-elétrico) do mundo. O veículo usava um motor de combustão interna, para girar um gerador de energia que alimentava motores elétricos, localizados nos cubos das rodas.

O carro tinha autonomia de cerca de 70 quilômetros, com uma carga completa de bateria, e alcançava velocidade máxima de 50 km/h. Ele foi apresentado no Paris Auto Show de 1901. Porém, antes disso (em 1899), a Pope Manufacturing Company, fundiu-se com duas pequenas empresas, para formar a Electric Vehicle Company. Dando origem a dois carros híbridos, que mais tarde, também foram apresentados no Salão de Paris.

Ainda, na virada do século vinte, a Pieper, fabricante de carros belga, apresentou um carro híbrido de 3.5hp. O motor a gasolina de pequena cilindrada, foi acoplado a um motor elétrico. O motor a gasolina gerava energia para recarregar as baterias, que por sua vez, alimentavam os motores elétricos.

Os veículos híbridos ficaram quase que esquecidos até 1992, quando a Volvo ECC (Environmental Concept Car), com base na plataforma Volvo 850, criou um carro híbrido com um motor elétrico, e outro a gás que não teve sucesso devido ao preço elevado, em comparação aos modelos de combustão interna.

No entanto, a primeira tentativa de colocar um carro híbrido no mercado de massa, ocorreu em 1997, com a Audi. Trata-se do Duo III, idealizado a partir do Audi B5 e A4 Avant. Funcionava com um motor a diesel acoplado a um motor elétrico. A baixa demanda, e o alto valor de produção, fizeram com que fossem vendidas apenas 60 exemplares.

Porém, quem conseguiu pela primeira vez, introduzir no mercado de massa um carro híbrido foi a Toyota, que também 1997, com o revolucionário Prius, lançou cerca de 18.000 unidades no mercado japonês. Já em 1999 foi a vez da Honda lançar no Japão e, pela primeira vez nos Estados Unidos, o modelo Insight. Ele ganhou inúmeros prêmios, por sua inovação.

Porém, foi na virada do milênio que o carro híbrido se popularizou. O Toyota Prius foi lançado na Europa, América do Norte e em países da Ásia. Em 2002, a Honda introduziu o Civic Hybrid, com base na sétima geração do Civic. Em 2004, a Toyota lançou, com muito sucesso, a segunda geração do Prius. Em 2007, a Lexus se juntou à revolução híbrido com o lançamento de uma versão híbrida de seu modelo sedã GS e GS 450h.

Em 2009, a Hyundai apresentou o Elantra LPI Híbrido no Seoul Motor Show. Ele foi o primeiro veículo híbrido do mundo, a ser alimentado por um motor de combustão interna movidos a gás (liquid petroleum gas GPL). Foi também o primeiro híbrido a adotar baterias avançadas de polímeros de iões de lítio.

Depois disso, quase todas as grandes montadoras lançaram modelos híbridos. Recentemente, depois de 5.5 milhões de veículos híbridos vendidos ao longo dos últimos 16 anos, a Toyota diz inaugurar uma nova fase com o lançamento do Yaris Hybrid-R, onde pretende associar à performance arrojada ao prazer de dirigir.

O fato é que o rigor de governos de várias nações, restringindo o consumo de combustível fóssil, e perseguindo a redução das emissões de gases poluentes, a cada dia mais, empurra a indústria automobilística para veículos sustentáveis com foco nos híbridos e elétricos. A questão é saber até quando os motores tradicionais resistirão.

Pense nisso e ótima semana!