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Dupla identidade: veja 10 carros vendidos com diferentes marcas e nomes

Estratégia de rebatizar determinados veículos é mais comum do que se pensa

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Fiat Strada vira Ram 700 em alguns mercados
Fiat Strada vira Ram 700 em alguns mercados Foto: Fiat Strada vira Ram 700 em alguns mercados

As estratégias globais dos fabricantes de carros podem envolver questões curiosas. Uma delas é a de vender o mesmo modelo com diferentes nomes e/ou sob marcas distintas ao redor do globo. Isso depende de fatores como a imagem de determinado fabricante em cada país: um bom exemplo é a Ram, associada a caminhonetes grandes e luxuosas no Brasil, mas com variadas gamas de veículos comerciais em outros mercados.

Já existiram vários exemplos do tipo ao longo da história, inclusive no Brasil: lembra-se do Ford Verona e do Volkswagen Apollo? Nos Estados Unidos, há até um termo específico para essa estratégia: rebadge, que significa algo como "re-emblemar". Porém, neste listão, o foco está nos carros atuais, com pelo menos um derivado à venda no mercado nacional. Confira!

1- Fiat Strada / Ram 700

Ram 700? Como assim? Pois é, eis o clone da Fiat Strada, com direito ao logotipo da marca estadunidense afixado em uma grade dianteira específica. Em todo o resto, desde a carroceria até a mecânica, passando pelo acabamento interno, as duas caminhonetes são idênticas. Não por acaso, a produção de ambos os carros ocorre na mesma linha, em Betim (MG).

Nos Estados Unidos, terra natal da Ram, a gama de caminhonetes da marca não inclui a 700. Os países aos quais ela se destina são os da América Latina, entre os quais México, Colômbia e Chile. Tal qual ocorre no Brasil com a Fiat Strada, há opção de cabine simples ou dupla.

Motor turbo é a última novidade da Fiat Strada: assista ao vídeo!

https://youtu.be/bavhQiGxsgU?si=xktH0_B9HDrZO_mF

2- Fiat Toro / Ram 1000

O caso da Fiat Strada e da Ram 700 se repete com as caminhonetes Toro e 1000: ambas são, tecnicamente, o mesmo veículo, mas com marcas e nomes distintos em diferentes mercados latino-americanos. Isso, sem falar na nova Rampage, que toma por base a mesma plataforma, mas ao menos traz uma carroceria com mais componentes exclusivos, além de interior mais sofisticado.

3- Fiat Fiorino / Peugeot Partner Rapid / Ram Promaster Rapid

Nem mesmo os furgões da Fiat escapam de ter clones da marca Ram, como é o caso do Fiorino e do Promaster Rapid. Vendidos como carros distintos, ambos são, na verdade, o mesmo modelo. A produção também fica a cargo da unidade de Betim (MG) e se destina a mercados latino-americanos. E olha que ainda há um terceiro clone nessa história: o Peugeot Partner Rapid, que está à venda também no Brasil.

4- Fiat Ducato / Peugeot Boxer / Citroën Jumper / Ram Promaster

Mais um veículo que adota múltiplas identidades é o Fiat Ducato: ele também pode se chamar Peugeot Boxer, Citroën Jumper ou Ram Promaster. Vale lembrar que todas essas marcas integram o Grupo Stellantis. Das quatro vans, as três primeiras convivem pacificamente no mercado brasileiro.

5- Renault Duster / Dacia Duster

Já ouviu falar na Dacia? Se não, saiba que ela tem sede na Romênia e, desde 1999, pertence à Renault. Na Europa, essa marca tem posicionamento de base no mercado, enquanto a matriz francesa está um degrau acima. Porém, em mercados de outras regiões, determinados carros de origem balcânica podem receber o logotipo losangular, como é o caso do SUV Duster aqui na América do Sul.

6- Renault Logan / Dacia Logan

Outro modelo que tem origem Dacia mas se tornou Renault em alguns mercados é o Logan. No Brasil, o sedan está em fim de carreira e deve sair de linha até o fim do ano. Porém, na Europa, ele segue vivo e até ganhou uma nova geração. Outro dos carros de origem romena que recebeu o emblema da marca francesa no Brasil foi o Sandero, mas ele não entrou no listão porque deixou o mercado local em 2022.

7- Renault Captur / Mitsubishi ASX

Eis um caso de mudança de identidade pra lá de confuso. Primeiramente, cabe esclarecer que a Renault forma, junto com a Nissan e a Mitsubishi, uma aliança global. Já o ASX surgiu em 2010, bem antes dessa associação, mas envelheceu e acabou saindo de linha em diversos mercados, entre os quais o brasileiro.

Entretanto, em alguns países, o SUV ganhou uma segunda safra, que é, literalmente o Captur, também da segunda linhagem, rebatizado. Nesse ponto, cabe destacar que o similar brasileiro está uma geração atrás e utiliza outra plataforma: a do Duster.

8- Nissan Frontier / Renault Alaskan / Mercedes Classe X

O modelo que o consumidor brasileiro conhece como Nissan Frontier também pode se chamar Renault Alaskan: em alguns países, inclusive, ambos convivem pacificamente. Para não dizer que são idênticas, as duas picapes adotam grade, para-choque dianteiro e faróis distintos. Porém, no mais, são iguais, inclusive no interior.

Curiosamente, já existiu ainda uma terceira irmã-gêmea: a Mercedes-Benz Classe X. Nesse caso, a marca alemã fez um acordo específico com a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi para compartilhar o desenvolvimento e a produção da picape. Ela o modelo mais diferente do trio, com motor V6 e interior luxuoso. No entanto, as vendas globais foram pífias, e a caminhonete saiu de linha precocemente.

9- Mitsubishi L200 / Ram 1200 / Fiat Fullback

Mais um caso envolvendo caminhonetes no listão de carros com dupla identidade. No passado, a atual geração da Mitsubishi L200 deu origem a caminhonetes idênticas das marcas... Ram e Fiat. Novamente, o acordo em questão envolvia especificamente o projeto da picape. Porém, os clones 1200 e Fullback já não são mais oferecidos no mercado global.

10- Chevrolet S10 e Colorado / Isuzu D-Max / Taga Daka H

De certo modo, dá para dizer que a S10 é um produto global: afinal, tem projeto baseado no da estadunidense Chevrolet Colorado. Entretanto, é ainda mais parecida com a japonesa D-Max, da Isuzu, devido a uma participação acionária da GM nessa empresa. As duas caminhonetes são distintas no design da dianteira, mas foram idênticas no restante até 2019, quando a similar oriental ganhou nova geração.

Porém, no ano passado, o projeto deu origem a uma nova derivada: a chinesa Taga Daka H. Mais uma vez, a dianteira foi bastante modificada em relação à da S10, mas a carroceria manteve vários componentes herdados da picape da Chevrolet.