Uma investigação publicada nos Estados Unidos aponta que ao menos 15 pessoas morreram em acidentes envolvendo veículos da Tesla após ficarem presas dentro dos carros em incêndios, em situações nas quais as portas não puderam ser abertas depois da colisão.
Os casos analisados ocorreram ao longo da última década e levantam questionamentos sobre a dependência de sistemas eletrônicos em componentes considerados críticos para a segurança.
De acordo com o levantamento, em parte dos acidentes as vítimas sobreviveram ao impacto inicial, mas não conseguiram deixar o veículo quando o fogo começou a se espalhar. O fator comum entre os episódios é a falha no funcionamento das portas elétricas após a perda de energia, especialmente da bateria auxiliar de 12 volts, responsável por alimentar travas, maçanetas e comandos internos.
Os modelos da Tesla utilizam soluções predominantemente eletrônicas para abertura das portas, em substituição a mecanismos mecânicos tradicionais.
Embora a marca ofereça dispositivos de liberação manual para situações de emergência, especialistas e relatos de socorristas indicam que esses sistemas nem sempre são intuitivos ou facilmente acessíveis, ainda mais em situações de estresse extremo, com fumaça, fogo ou baixa visibilidade.
Em alguns acidentes, há registros de motoristas que conseguiram pedir ajuda após a colisão, mas não conseguiram sair do carro antes que o incêndio se intensificasse, dificultando também a atuação das equipes de resgate.
Autoridades reguladoras dos Estados Unidos acompanham o caso, enquanto a Tesla sustenta que seus veículos atendem às normas de segurança vigentes e que segue promovendo atualizações de projeto para reduzir riscos em situações extremas.
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