A Volvo reviu seus planos de eletrificação total e decidiu estender o ciclo de vida dos motores a combustão, retomando o foco em modelos híbridos plug-in e elétricos de alcance estendido. A marca, que em 2021 havia prometido abandonar completamente os motores a combustão até 2030, admitiu que o cronograma era “ambicioso demais” diante das condições atuais do mercado global.
Segundo dados divulgados pela própria montadora, as vendas de elétricos caíram 21% entre janeiro e setembro deste ano, enquanto os híbridos plug-in recuaram 1%. No total, os modelos eletrificados responderam por 44,2% das vendas globais — percentual abaixo do esperado pela empresa, que agora busca uma transição mais gradual.
	
    
O CEO da Volvo, Håkan Samuelsson, afirmou que “a indústria será elétrica em cerca de 10 anos”, mas reconheceu que “os motores a combustão ainda vão conviver com os elétricos até pelo menos o fim da década de 2030”. A nova estratégia prevê o lançamento de uma nova geração de híbridos plug-in, com maior autonomia elétrica e eficiência aprimorada.
Um exemplo é o futuro SUV XC70, previsto para 2027, que terá bateria de 39,6 kWh e autonomia elétrica de até 180 km no ciclo chinês CLTC — valor que deve ser menor no padrão europeu WLTP. O modelo faz parte da nova fase de transição da Volvo, que pretende oferecer alternativas mais flexíveis até que a infraestrutura de recarga global esteja mais consolidada.
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