O incêndio de um carro elétrico no Rio Grande do Sul no último domingo (19) dominou as redes sociais nesta semana. Uma unidade do BYD Dolphin GS pegou fogo na cidade de Santa Maria. Até o momento, os órgãos de segurança ainda não divulgaram as causas do acidente.
Incêndios são o principal tema de polêmica sobre carros elétricos, muito por conta dos materiais utilizados na composição da bateria e da proteção desse componente em relação a acidentes. O caso chamou a atenção porque o fogo não afetou a parte inferior do carro, onde estão localizadas as baterias.
Em publicação no LinkedIn, Clemente Gauer, que faz parte do conselho de diretores da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, o problema foi ocasionado por um erro na recarga.
“Pelos relatos iniciais, a provável causa não foi o veículo em si, mas uma improvisação de recarga: uma extensão passada pela janela até a rua, com sobra de cabo e o carregador portátil deixados confinados dentro do carro para evitar furtos. Esse arranjo aumenta o risco de aquecimento e curto-circuito — uma gambiarra que não deve ser replicada.”
O incêndio foi controlado pelos bombeiros e não chegou a atingir a bateria desse veículo elétrico. A recarga é o principal problema dos carros elétricos. Alvo de regulamentação de bombeiros, as regras demandam que os usuários utilizem tomadas aterradas, com amperagem específica e sem ‘gambiarras’.
No vídeo, é possível perceber uma extensão sendo levada da janela da residência até o carregador portátil, que por sua vez estava plugado ao carro, mas armazenado dentro do veículo, que estava sob o sol.
Por conduzir energia, naturalmente, o carregador esquenta, sob o sol quente e em contato com os materiais do estofamento do veículo, o que pode ter causado um superaquecimento e curto-circuito.
Busca por regulamentação
O acidente retoma uma antiga discussão no país: As regras para a recarga de carros elétricos, especialmente em ambientes fechados. Em agosto, o conselho nacional de comandantes-gerais dos corpos de bombeiros militares definiu regras para a instalação de carregadores elétricos, especialmente em condomínios.
Segundo a diretriz, a recarga deve ser realizada por técnico qualificado e atender a determinadas regras técnicas de instalação de baixa tensão, alimentação de veículos elétricos, instalação de ponto de desligamento manual da estação, entre outros tópicos.
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