O novo CEO da Citroën, Xavier Chardon, anunciou que muitas mudanças estão no futuro da empresa do duplo chevron para os próximos anos. Em entrevista para a revista britânica Autocar, o executivo confirmou que a marca fará um evento em Paris para revelar seus planos de futuro.
Sem revelar grandes detalhes, a revista afirmou apenas que o evento do fim do ano servirá para o executivo compartilhar algumas de suas ideias sobre o momento em que a marca vive e qual será o futuro da Citroën. A tendência é que a nova linguagem de design seja revelada no evento.
2CV deve guiar o futuro
Um dos projetos que a Citroën está envolvida nos últimos meses diz respeito ao ‘retorno espiritual’ do lendário 2CV ao mercado europeu. O compacto vendido entre 1948 e 1990 foi definido como “parte da cultura francesa” pelo executivo, Chardon vê o 2CV como luz para o futuro:
“Meu dever com essa apresentação é fazer com que a mobilidade individual volte a ser acessível, e o DNA e espírito do 2CV é algo que queremos injetar nos nossos carros futuros”, declarou o executivo.
Novo segmento pode ajudar
Está em discussão na Europa a criação de uma nova categoria de veículos elétricos, que poderiam ser fabricados com menor obrigatoriedade de itens, o que, consequentemente, reduziria os preços desses carros.
Para Chardon essa é uma grande oportunidade para a Europa e especialmente para a Citroën:
“Antes de mais nada é uma oportunidade para a Europa democratizar o acesso aos carros. Se você analisar o pré e pós-covid, a única região que não se recuperou foi a Europa. Perdemos dois milhões de veículos [vendidos], dos quais quase a metade era abaixo de 15 mil euros (R$ 95,7 mil). Isso acontece muito por conta de regulamentações e pressão para reduzir emissões, o que é bom, mas acreditamos na necessidade de se reconectar com quem não pode comprar carros novos”.
Para o novo CEO, é justamente o preço elevado que faz com que as emissões de CO2 da Europa não apresentam redução e a frota fica mais velha: “É por isso que nossos carros estão mais velhos e nossa emissão não é reduzida conforme as expectativas. Acreditamos que o E-car é uma grande proposta.
Na visão de Chardon, o segmento de kei cars do Japão poderia ser uma grande forma da Europa se inspirar Para o francês, esse segmento faria muito sentido com os carros da Citroen: Faz muito sentido para a Citroën, está no nosso DNA. Não é necessário ir muito longe para ver o C1 como exemplo”. Concluiu.
Brasil deve ficar de fora
Caso o mês de dezembro reserve uma nova fase para a Citroën na Europa, a tendência é que nada seja replicado no Brasil. Por aqui, a Citroën possui projetos específicos desenvolvidos entre Brasil e Índia.
O máximo que pode acontecer é a importação de algumas unidades do carro do novo segmento (caso seja concretizado) ou mesmo influenciar em mudanças visuais para os carros da marca.
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