Casos de adulteração de chassi em veículos usados vêm aumentando no Brasil e preocupam consumidores, concessionárias e autoridades do setor automotivo. O problema, que envolve a alteração do número de identificação gravado na estrutura do carro — considerado o “RG” do veículo —, pode gerar prejuízos financeiros e até responsabilização legal para quem adquire um automóvel nessas condições.
Na última semana, a Polícia Civil de São Paulo prendeu dois homens em uma operação no Jardim Helena, zona leste da capital, após flagrar um caminhão-cegonha transportando diversos carros furtados e roubados. Segundo a corporação, os veículos estavam sem documentação regular, com problemas de licenciamento e sinais claros de adulteração no chassi e no motor.
Especialistas alertam que esse tipo de fraude está cada vez mais sofisticada e difícil de identificar. Entre os indícios mais comuns estão marcas de solda, raspagens próximas ao número gravado, desalinhamento dos caracteres e divergência entre a numeração do documento e a gravada no automóvel.
A recomendação é que o comprador de seminovos ou usados sempre verifique fisicamente o número do chassi, compare com o documento (CRLV) e consulte o histórico do veículo em bases oficiais, como Detran e Senatran. Há também serviços privados que cruzam informações de múltiplas fontes para ampliar a checagem.
O setor avalia ainda o uso de novas tecnologias para reduzir os riscos, como chips de rastreamento, blockchain para registro de histórico e até biometria veicular. Apesar disso, o chassi continuará sendo, por muitos anos, a principal referência obrigatória de identificação dos veículos.
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