A Porsche inovou no desenvolvimento do Cayenne EV, utilizando extensivamente simulações digitais para reduzir a necessidade de protótipos físicos. De acordo com a marca, cerca de 120 protótipos que seriam tradicionalmente construídos foram eliminados, permitindo uma economia de tempo de desenvolvimento estimada em 20%.
O processo virtual abrangeu simulações completas do veículo em diversas situações: voltas no Nürburgring, testes de aderência em diferentes superfícies, avaliações do comportamento de amortecedores, buchas e suspensão, além de cenários de trânsito real e condições climáticas extremas. Segundo a Porsche, esses testes virtuais proporcionam dados precisos e confiáveis, reduzindo significativamente a necessidade de ajustes físicos. Ainda assim, testes presenciais foram realizados na pré-produção, especialmente para validação em condições extremas de calor, frio, chuva e neve, garantindo segurança e durabilidade.
O Cayenne EV será lançado oficialmente no final de 2025, com início de vendas em 2026. Ele é construído sobre a plataforma PPE (do Macan elétrico), em uma versão alongada para o SUV médio-grande, e será equipado com uma bateria de 108 kWh, prometendo autonomia de até 600 km segundo o ciclo WLTP.
A linha contará com diferentes níveis de potência: a versão de entrada terá 394 cv, a S chegará a 592 cv e a Turbo atingirá 794 cv, mantendo o desempenho esportivo característico da Porsche. Além disso, o SUV elétrico terá tração integral, suspensão ajustável e tecnologias de assistência ao motorista, como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática de emergência e sistemas avançados de direção semiautônoma.
Com essa abordagem de testes virtuais, a Porsche não só reduz custos e tempo de desenvolvimento, como também mantém os altos padrões de qualidade e desempenho que a marca exige para seus veículos elétricos. A estratégia abre caminho para que outros modelos elétricos da marca possam seguir a mesma metodologia, integrando inteligência artificial e simulações avançadas na engenharia automotiva.
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