A Horse Technologies, joint venture entre Renault e Geely, iniciou a produção em larga escala do HR12 LPG, o primeiro motor do mundo com injeção direta para GLP (gás liquefeito de petróleo, similar ao GNV usado no Brasil). A inovação representa um marco na indústria automotiva e promete aumentar a eficiência dos veículos movidos a combustíveis alternativos.
Motor inédito com foco em eficiência
Produzido na fábrica de Mioveni, na Romênia, o propulsor é um 1.2 turbo de três cilindros, bicombustível (gasolina e GLP). Ele entrega 140 cv a 5.500 rpm e torque de 23,4 kgfm a partir de 2.100 rpm, números equivalentes aos de motores turboalimentados a gasolina já conhecidos do mercado.
Além disso, o conjunto incorpora tecnologia híbrida leve de 48 volts, com gerador de partida por correia, capaz de fornecer torque extra nas arrancadas e reduzir o consumo em situações de maior carga. Essa combinação entre GLP, injeção direta e eletrificação leve é inédita na produção em massa.
Menos emissões, mais economia
De acordo com a Horse, o novo motor garante uma redução de aproximadamente 9% nas emissões de CO? quando abastecido com GLP, em comparação ao uso exclusivo da gasolina. Isso coloca o HR12 LPG em linha com as metas ambientais globais, além de oferecer custo de rodagem mais baixo para os consumidores em mercados onde o gás é amplamente disponível.
Para viabilizar essa aplicação, o sistema de alimentação foi totalmente redesenhado. O motor recebe injeção direta específica para GLP, um vaporizador eletrônico de alta precisão e componentes internos reforçados para lidar com as características do combustível. O tanque de GLP, por sua vez, é instalado no espaço do estepe, evitando comprometer o porta-malas.
Potencial de mercado
Na Europa, o GLP já conta com infraestrutura consolidada e atende milhões de veículos, especialmente em países como Itália, Turquia e Polônia. A adoção de uma tecnologia mais moderna pode ampliar ainda mais a competitividade desse combustível frente à gasolina e ao diesel.
No Brasil, o cenário é diferente: aqui o GNV (gás natural veicular) tem maior presença, mas ainda depende de kits de conversão instalados em oficinas independentes. Caso motores de fábrica com tecnologia semelhante ao HR12 LPG fossem oferecidos no país, poderiam representar uma revolução no segmento, unindo baixo custo por quilômetro rodado, menor impacto ambiental e garantia de confiabilidade de fábrica.
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