A General Motors (GM) está sendo processada pelo estado de Nebraska, nos Estados Unidos, por supostamente "coletar, processar e vender ilegalmente" os dados de direção confidenciais de seus clientes. A informação foi confirmada por diversos veículos de comunicação estadunidenses nesta quarta-feira (23).
A ação diz que a GM coletou e vendeu os dados de clientes sem o conhecimento ou consentimento dos consumidores de todo o estado. Essas informações, coletadas pelo sistema telemático OnStar, incluem datas, horários de início e término de viagens, velocidade do veículo, status do cinto de segurança do motorista e do passageiro e distâncias percorridas.
Segundo o processo, a GM vendeu os dados de direção de mais de 14 milhões de veículos nos EUA, "muitos milhares dos quais pertenciam a moradores do Nebraska". Essas informações teriam sido comercializadas para seguradoras e empresas terceirizadas.
O procurador-geral Mike Hilgers ainda alegou que a GM entregava relatórios com uma "Pontuação de Direção", onde cliente recebia pontos com base em diversos fatores de risco monitorados. Entre eles, estavam frenagens bruscas, acelerações bruscas, uso do cinto de segurança e curvas fechadas.
"A GM ganhou milhões de dólares em pagamentos únicos de terceiros, pagamentos de royalties baseados em licenças de troca telemática vendidas a seguradoras e pagamentos anuais garantidos se a GM vendesse os Dados de Condução de um certo número de veículos GM recém-vendidos", diz Hilgers.
O procurador-geral ainda afirma que a GM utilizou "táticas enganosas, injustas e ilegais para inscrever seus clientes em seus programas de coleta de dados".
Esta não é o primeiro caso de venda ilegal de dados envolvendo a montadora. Em 2024, uma investigação do jornal "The New York Times" revelou que a GM estava compartilhando dados de clientes com corretores, o que levou a uma ação judicial movida pelo estado do Arkansas.
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