Enquanto muitas fabricantes abandonam motores grandes em nome da eficiência, a BMW segue na contramão. A divisão esportiva da marca alemã confirmou que vai manter os tradicionais motores seis em linha e V8 em sua linha de alto desempenho até, pelo menos, o final da década.
Segundo Frank van Meel, chefe da BMW, não há qualquer plano para equipar futuros modelos M com motores de três ou quatro cilindros. “Enquanto for possível, vamos manter motores de verdade. Nossos clientes esperam isso”, afirmou.
A estratégia da marca é clara: os M eletrificados serão, sim, uma realidade, mas a transição será feita com parcimônia e sem abrir mão da identidade esportiva da marca. Prova disso é o M5 híbrido, que está prestes a estrear com um V8 plug-in, combinando potência elétrica com o som e o desempenho inconfundíveis dos oito cilindros.
Mesmo em um cenário de forte eletrificação, a BMW aposta que ainda há demanda por motores maiores, especialmente em mercados como Estados Unidos e Oriente Médio, onde o público valoriza a entrega visceral de torque, o ronco do motor e a tradição.
Internamente, a marca também observa que mais de 95% dos donos de carros M não ligam tanto para o tipo de motorização, desde que a experiência ao volante siga sendo tipicamente "M". Por isso, mesmo os futuros esportivos elétricos, previstos para estrear em 2027 com a plataforma Neue Klasse, prometem manter essa essência.
Enquanto rivais diretos — como Mercedes-Benz e Audi e até marcas de superesportivos — já apostam em configurações menores ou eletrificadas, a BMW segura firme o legado mecânico que a consagrou. E, ao menos por mais alguns anos, ainda teremos seis-em-linha e V8 com DNA alemão girando alto e fazendo barulho.
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