Diversos fãs de Fórmula 1 reclamam, com certa frequência, da falta de barulho dos carros na competição. A crítica acontece desde 2014, quando a categoria trocou os motores V8 de 2,4 litros naturalmente aspirados por V6 híbridos de 1,6 litro turboalimentados. Porém, segundo a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), a situação pode ser revertida em um futuro não tão distante.
Em entrevista concedida durante o Grande Prêmio de Silverstone, no último final de semana, o presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, disse que o V8 pode voltar à F1 na temporada 2019. "Para nós, o V8 está acontecendo", disse o mandatário, falando sobre o motor utilizado na categoria de 2006 a 2013, além de outros momentos da F1.
"Com as equipes agora, estou muito otimista e feliz com isso. A FOM [Gerência de Fórmula 1] está apoiando, as equipes estão percebendo que este é o caminho certo. Precisamos fazer isso logo. São necessários três anos, então espero que até 2029 tenhamos algo lá", acrescentou.
Mesmo admitindo que o combustível do V8 "é muito caro", o presidente da FIA lembrou, em entrevista à Autosport, que o custo do motor V6 híbrido é superior.
"O motor atual é tão complicado que você não tem noção, e é caro. A P&D (pesquisa e desenvolvimento) está chegando a US$ 200 milhões, e o motor está custando aproximadamente de US$ 1,8 milhão a US$ 2,1 milhões, então, podemos optarmos por um V8 direto", continuou.
Apesar de ser um sonho para os fãs das corridas da velha guarda, essa mudança também depende dos fabricantes atuais, que tendem a optar pela motorização híbrida, tecnologia sustentável e cada vez mais presente nos carros de rua.
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