A empresa chinesa Xiaomi, conhecida no Brasil pelos eletrônicos, e que também possui o sedã SU7 Ultra, causou uma reviravolta entre os donos do modelo, na China. Uma atualização de software, a versão 1.7.0, cortou a potência do carro de 1.548 cv para apenas 888 cv, uma perda de 650 cv que deixou os proprietários furiosos. A empresa ainda exigia que os motoristas provassem suas habilidades em pistas para liberar a potência total. Após muitas reclamações, a Xiaomi voltou atrás.
O SU7 é o carro-chefe da Xiaomi, que possui as versões SU7, SU7 Pro, SU7 Max e SU7 Ultra. A versão topo de linha, Ultra, rivaliza com o Porsche Taycan Turbo GT, mas custa bem menos. Com 1.548 cv, o sedã faz de 0 a 100 km/h em impressionantes 1,89 segundos, e já deixou o esportivo alemão para trás em várias pistas.
Só que a atualização 1.7.0 pegou os donos de surpresa por diminuir a potência para 888 cv, e para recuperar o desempenho total, era preciso fazer um tempo mínimo em pistas aprovadas pela Xiaomi, registrado pelo sistema “Qualifying Mode”. Muitos donos reclamaram em fóruns online, dizendo que pagaram caro por um carro que perdeu o brilho que era esperado.
A Xiaomi justificou a mudança como uma medida de segurança, alegando que os 1.548 cv foram pensados para uso em pistas, e só por quem sabe pilotar. A empresa também adicionou um atraso de 60 segundos para o controle de largada, acabando com a chance de largadas rápidas em semáforos.
Donos foram às redes sociais dizer que se sentiram enganados, já que a propaganda da Xiaomi destacava a potência total do SU7 Ultra, não um carro “capado” por software.
Depois da pressão, a Xiaomi voltou atrás. A empresa cancelou as restrições de potência e o atraso no controle de largada, devolvendo os 1.548 cv aos donos. Um representante da marca disse ao Car News China: “Agradecemos o feedback apaixonado da nossa comunidade e vamos garantir mais transparência no futuro”.
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