A GWM passou 2024 bem discreto, trazendo apenas novas versões do Haval H6 como novidade. Mas 2025 promete ser diferente. Além do Tank 300, apresentado na última semana, a marca chinesa prepara o lançamento de modelos inéditos. Durante o evento do SUV, o VRUM conversou com Andy Zhang, presidente da GWM para Brasil e México, que revelou os planos da empresa, incluindo a fábrica de Iracemápolis (SP).
Zhang confirmou a chegada da picape Poer, do SUV Haval H9 (com capacidade para sete pessoas) e do GWM Wey Blue Mountain, todos previstos para o segundo semestre de 2025. Apesar do foco da marca na eletrificação, os novos produtos serão “disruptivos” para a GWM. A picape Poer e o Haval H9 serão vendidos inicialmente em versões exclusivas a combustão, mas não se sabe se gasolina ou diesel. Além desses modelos, Zhang confirmou ainda a chegada de uma nova variante para o “Haval”, muito provavelmente o H6.
E a fábrica?
A fábrica de Iracemápolis está nos ajustes finais para a inauguração. Nas palavras do executivo, a partir do mês de agosto já haverá Haval H6 sendo montado localmente. Ele não especificou se será em regime CKD (totalmente desmontado) ou SKD (parcialmente desmontado), nem o índice de nacionalização. Entretanto, Zhang afirmou que espera um volume entre 6 e 7 mil unidades em 2025. Para contextualizar, esse volume é superior à quantidade vendida no primeiro trimestre (5.767).
A GWM também terá um centro de desenvolvimento no Brasil. Zhang adiantou que a marca já trabalha no motor flex para o Haval H6, com estreia prevista para 2026. O híbrido Haval segue como líder de vendas, a partir de R$ 219 mil. Perguntado sobre um modelo mais acessível, o executivo disse que a empresa planeja um SUV de 4,5 a 4,6 metros, mirando maior volume – com a picape Poer puxando boa parte disso.
“A gente tem um plano claro”, afirmou Zhang. “Vamos fazer test-drives de longo prazo com a mídia, trabalhar com influenciadores e já enviamos 200 carros às lojas para eventos com o público, mostrando o que os veículos podem fazer.” A estratégia é ampla: atacar todos os segmentos. “O mercado brasileiro é o maior da América Latina, e a matriz dá muita atenção para cá. Queremos trazer o máximo de produtos e a melhor experiência ao cliente.”
A eletrificação é prioridade. Além de híbridos (HEV) e plug-ins (PHEV), a GWM aposta em tecnologia de hidrogênio e no motor flex. “Nosso foco é criar uma base forte aqui, uma das maiores fora da China, com fábrica e pesquisa”, disse.
Sobre o custo no Brasil, ele reconhece que produzir localmente pode ser um pouco mais caro que importar, mas não vê impacto na expansão. “Não vamos baratear os carros com a produção nacional. A ideia é crescer com qualidade, mantendo os preços.”
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