A CEO da Petrobras, Magda Chambriard, participou da Bloomberg New Voices, evento realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (2). Na ocasião, ao ser perguntada sobre a mobilidade no Brasil, a executiva disse ser "difícil eletrificar a frota". No entendimento da chefe da estatal, o país terá um futuro com mais veículos híbridos do que 100% elétricos.
"Eu particularmente acredito e apostaria muito mais no híbrido plug-in do que no 100% elétrico. Eu acho que nós vamos ver, no Brasil, um híbrido despontando cada vez mais, porque é isso que reduz a demanda combustível fóssil, apesar de eu adorar combustíveis fósseis", declarou a líder da Petrobras.
"Temos um país que, de Norte a Sul, é maior que a distância entre Moscou e Lisboa, assim como de Leste a Oeste. É um país imenso e que roda sobre rodas. A cesta básica do país anda sobre rodas e é muito difícil eletrificar esse país aqui", acrescentou Magda.
A executiva ainda afirmou que a matriz energética no Brasil é 52% limpa, ressaltando o papel da Petrobras no assunto. "Quando olhamos para 2050, nós vamos ver um país que tem que ter pelo menos 64% de renováveis na sua matriz", complementou.
Eletrificados em alta
Em agosto, vale lembrar, o Brasil chegou ao marco de 500 mil veículos eletrificados vendidos. A conta leva em consideração os veículos totalmente elétricos (BEV), híbridos plug-in (PHEV), híbridos convencionais (HEV) e híbridos com motores flexíveis (HEV Flex).
O relatório da ABVE mostra que os carros eletrificados estão em alta. Em julho, os automóveis movidos 100% por energia elétrica atingiram 7.010 emplacamentos, o melhor número da categoria para um mês em toda a história.
Já considerando todos os veículos eletrificados, a ABVE contabilizou 19.016 unidades emplacadas no Brasil. Apesar do crescimento expressivo, o número representou apenas 9% de todos os veículos de passeio e comerciais leves emplacados no período (cerca de 230 mil).
A expectativa é que o Brasil encerre 2025 com um recorde de vendas. No primeiro semestre, 111.095 veículos eletrificados foram comercializados no país, uma alta de 41,9% em relação ao mesmo período de 2024.
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