Um a cada cinco lubrificantes automotivos vendidos no Brasil são adulterados, falsificados ou reaproveitados. A constatação foi feita pelo mais recente levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL), que também atua no combate ao mercado irregular de combustíveis.
Na adulteração, o produto legítimo é diluído com solventes, água ou outras substâncias que alteram suas características originais. Já na falsificação total, o processo é mais sofisticado. Embalagens, rótulos e design de marcas conhecidas são copiados, mas o conteúdo não tem qualquer correspondência com o original.
Em ambos os casos, o consumidor deixa de receber um lubrificante formulado com pacotes de aditivos e óleos básicos adequados, desenvolvidos para atender especificações técnicas e exigências regulatórias. O que chega ao motor, portanto, é um produto incapaz de oferecer a proteção necessária.
Como se prevenir
Para o gerente de Vendas do Aftermarket da FUCHS, Marcelo Martini, o combate à falsificação de lubrificantes só será eficaz se houver envolvimento de todos os agentes do setor. "Para os consumidores, a atenção aos detalhes é a primeira barreira de proteção", explica o especialista.
"Preços muito abaixo da média do mercado, embalagens violadas, rótulos de difícil leitura, ausência do selo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ou alterações perceptíveis na cor e viscosidade do óleo devem ser vistos como sinais de alerta", diz Martini.
"A verificação do lacre, do número de lote, da data de fabricação, do CNPJ e da razão social do fabricante, assim como a exigência da nota fiscal, são procedimentos simples, mas que também se mostram eficazes para reduzir o risco de fraude", continua.
Consequências
O especialista da FUCHS alerta para os preços dos lubrificantes. Caso o consumidor encontre valores muito inferiores aos praticados do mercado, o recomendado é desconfiar. Segundo Martini, o uso de óleos adulterados pode provocar um grande problema no motor.
"Reparos de motor, perda da garantia de fábrica e desvalorização do veículo são consequências recorrentes da escolha por produtos de procedência duvidosa, e é justamente por isso que a compra consciente deve ser encarada como investimento, e não como despesa", complementa.
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