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Lubrificantes: cerca de 20% são falsos; veja como se prevenir

Especialista dá dicas de como identificar adulteração ou falsificação

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Antes de o óleo ser inserido no motor, verifique as informações na embalagem do lubrificante
Antes de o óleo ser inserido no motor, verifique as informações na embalagem do lubrificante Foto: Internet / Reprodução

Um a cada cinco lubrificantes automotivos vendidos no Brasil são adulterados, falsificados ou reaproveitados. A constatação foi feita pelo mais recente levantamento do Instituto Combustível Legal (ICL), que também atua no combate ao mercado irregular de combustíveis. 

Na adulteração, o produto legítimo é diluído com solventes, água ou outras substâncias que alteram suas características originais. Já na falsificação total, o processo é mais sofisticado. Embalagens, rótulos e design de marcas conhecidas são copiados, mas o conteúdo não tem qualquer correspondência com o original.

Em ambos os casos, o consumidor deixa de receber um lubrificante formulado com pacotes de aditivos e óleos básicos adequados, desenvolvidos para atender especificações técnicas e exigências regulatórias. O que chega ao motor, portanto, é um produto incapaz de oferecer a proteção necessária.

Como se prevenir

Óleo do motor saindo de frasco de plástico cinza com gotas no ar
É preciso ficar atento à procedência e registro do lubrificante para não comprar produto falsificado Foto: É preciso ficar atento à procedência e registro do lubrificante para não comprar produto falsificado

Para o gerente de Vendas do Aftermarket da FUCHS, Marcelo Martini, o combate à falsificação de lubrificantes só será eficaz se houver envolvimento de todos os agentes do setor. "Para os consumidores, a atenção aos detalhes é a primeira barreira de proteção", explica o especialista.

"Preços muito abaixo da média do mercado, embalagens violadas, rótulos de difícil leitura, ausência do selo da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ou alterações perceptíveis na cor e viscosidade do óleo devem ser vistos como sinais de alerta", diz Martini.

"A verificação do lacre, do número de lote, da data de fabricação, do CNPJ e da razão social do fabricante, assim como a exigência da nota fiscal, são procedimentos simples, mas que também se mostram eficazes para reduzir o risco de fraude", continua. 

Consequências

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Durabilidade do motor depende do uso do lubrificante com especificações corretas Foto: Durabilidade do motor depende do uso do lubrificante com especificações corretas

O especialista da FUCHS alerta para os preços dos lubrificantes. Caso o consumidor encontre valores muito inferiores aos praticados do mercado, o recomendado é desconfiar. Segundo Martini, o uso de óleos adulterados pode provocar um grande problema no motor.

"Reparos de motor, perda da garantia de fábrica e desvalorização do veículo são consequências recorrentes da escolha por produtos de procedência duvidosa, e é justamente por isso que a compra consciente deve ser encarada como investimento, e não como despesa", complementa.