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parceria alemã

Mercedes pode adotar motores BMW em carros híbridos a partir de 2027

Parceria entre rivais prevê compartilhamento de motores 2.0 turbo em PHEVs para reduzir custos

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Mercedes-AMG GT 63 S E PERFORMANCE
Mercedes-AMG GT 63 S E PERFORMANCE Foto: Divulgação/Mercedes-Benz

Mercedes-Benz e BMW, duas das maiores rivais da indústria automotiva alemã, podem dividir motores em um futuro próximo. Segundo informações da imprensa europeia, a Mercedes estuda equipar alguns de seus modelos híbridos plug-in com os motores 2.0 turbo de quatro cilindros da BMW a partir de 2027.

O acordo em negociação faria parte de uma estratégia conjunta para reduzir custos de desenvolvimento e atender às exigências cada vez mais rigorosas de emissões na Europa. O motor em questão é o B48, já utilizado em diversos modelos da BMW e da Mini, e considerado eficiente tanto em desempenho quanto em emissões quando associado a sistemas híbridos.

BMW Série 5 de sétima geração
BMW Série 5 de sétima geração Foto: Divulgação/BMW

Na prática, a adoção dos propulsores da concorrente não afetaria apenas versões de entrada. A expectativa é que a Mercedes use os motores BMW em híbridos plug-in de modelos como Classe C, Classe E e até alguns SUVs, mantendo os seis e oito cilindros próprios apenas em versões de topo.

Vale lembrar que a Mercedes já adota motores de outras marcas em sua linha: os modelos compactos da família Classe A, CLA, GLA e GLB utilizam o 1.3 turbo desenvolvido em parceria com a Renault, que também equipa veículos da Nissan e da própria Renault.

Mercedes CLA 45 S AMG vai de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos
Mercedes CLA 45 S AMG Foto: Divulgação/Mercedes

A parceria com a BMW, que ainda não foi confirmada oficialmente, seria inédita em termos de compartilhamento de motores entre as duas marcas. No entanto, BMW e Mercedes já colaboraram em projetos pontuais no passado, como no desenvolvimento de sistemas de recarga rápida para elétricos.

Caso seja concretizada, a cooperação entre as duas gigantes alemãs representaria uma mudança importante no cenário premium, mostrando que até mesmo rivais históricos precisam unir forças para enfrentar os desafios da eletrificação e da redução de custos na indústria automotiva.