O CEO da Porsche, Oliver Blume, enviou um e-mail aos funcionários para informar sobre o momento complicado da marca. No comunicado, o executivo afirmou que medidas adicionais de corte de custos serão necessárias porque "nosso modelo de negócio não funciona mais". O texto foi obtido pela agência de notícia "Bloomberg".
"O modelo de negócios, que nos serviu bem por muitas décadas, não funciona mais em sua forma atual", escreveu Blume, ressaltando que as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, também é um fator para a crise. "Tudo isso está nos afetando duramente — mais do que muitas outras montadoras", acrescentou.
Nos EUA, o maior mercado da Porsche, a marca do Grupo Volkswagen depende exclusivamente de importações. Porém, antes mesmo de Trump anunciar as tarifas, a empresa alemã já amargava resultados ruins - as vendas globais caíram 3% no ano passado.
No início desta semana, a "AFP" já havia informado que a Porsche estava planejando um novo corte. Apesar de não detalhar quantos funcionários serão demitidos, a publicação diz que a marca pretende demitir 1.900 empregados até 2029.
Como parte do plano de reestruturação, a Porsche também decidiu que irá abandonar a produção de dois modelos movidos a combustão. A partir de outubro de 2025, a montadora alemã deixará de fabricar a dupla 718: Boxster e Cayman.
A aposta da marca, agora, é no Cayenne totalmente elétrico. A Porsche visa recuperar sua força, principalmente, na China, onde as vendas despencaram 28% em 2024 e recuaram mais 28% até junho deste ano.
A Porsche é uma das marcas do Grupo Volkswagen, que vive uma crise profunda nos últimos meses. Em 2024, a empresa comunicou que demitira 35 mil funcionários e fecharia duas fábricas.
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