Os rumores de que Elon Musk poderia deixar o cargo de CEO da Tesla aumentaram com a abrupta queda nas vendas. Nesta semana, porém, o empresário deu uma resposta forte às especulações ao afirmar que pretende aumentar seu poder na empresa. Atualmente, o bilionário detém 12,77% de participação na montadora. Sua ideia é subir este percentual para 25%. As informações são do "Wall Street Journal".
O objetivo de Musk é aumentar sua parcela de participação na Tesla para não ser destituído do cargo de CEO pelos acionistas. Em entrevista por vídeo durante o Fórum Econômico em Doha, no Catar, o empresário foi polêmico ao dizer que "não tem dúvidas" sobre sua permanência no posto por "pelo menos mais cinco anos, a menos que morra nesse período".
"Não é uma questão de dinheiro", disse Musk. "É uma questão de controle razoável sobre o futuro da empresa. Esse [25%] é o número com o qual eu me sentiria confortável, porque é onde tenho algum controle, mas não tanto que não possa ser expulso, [a menos que] eu esteja destruindo o valor da empresa ou se eu simplesmente enlouqueci", acrescentou.
Crise
A quantidade de emplacamentos da Tesla despencou nos últimos meses. Para analistas do mercado, a queda está relacionada ao envolvimento de Elon Musk no governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump. Além de assumir o Departamento de Eficiência Governamental, o bilionário vem promovendo discursos e gestos considerados radicais.
Musk e os acionistas da Tesla esperam uma recuperação com a chegada do novo Model Y. Remodelado, o carro mais vendido do mundo em 2024 já chegou às concessionárias em alguns países da Europa. Em alguns mercados, entretanto, o sedã desembarcará apenas na metade ou no segundo semestre de 2025.
De qualquer forma, o recuo da Tesla acontece em meio ao crescimento de 28% no mercado de veículos elétricos na Europa. Assim, fica claro que a fabricante norte-americana também está sofrendo com a concorrência de outras montadoras, especialmente com as chinesas. Somente a BYD, por exemplo, conseguiu aumento de 56% nos últimos meses.
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