Hoje em dia há muitos carros no mercado de usados, mas nem sempre modelos com preço baixo significam que se trata de um bom negócio. Alguns veículos que mesmo que tenham um design atraente, podem apresentar problemas crônicos, como manutenções complexas e peças caras.
Abaixo estão alguns carros que chegaram com muita expectativa e se mostraram ser bombas relógio:
Fiat Marea 2.0 Turbo
O Marea é um carro que chegou ao Brasil na hora errada. Com seus acessórios e mecânica avançada, o que gerava um custo de manutenção mais caro, portanto, os compradores optaram por levar o carro em um mecânico mais barato. Há muitos mecânicos que não gostam nem de mexer no sedan da Fiat.
Por conta da falta de manutenção especializada, o carro foi se degradando com o passar dos anos. Hoje em dia, o modelo é muito procurado para quem deseja modificar o veículo, entretanto, é muito difícil encontrar um que esteja em boas condições.
Os problemas mais comuns do Fiat Marea são os vazamentos de óleo e o ressecamento da correia dentada. A troca de óleo que foi recomendada pela fabricante para ser feita a cada 15 mil km, entretanto, o correto era a cada 5 mil km. Além disso, muitos proprietários não usavam o lubrificante correto, por ser mais caro.
Peugeot 207
Apesar de ser um carro com uma aparência simpática, o hatch francês veio para o Brasil com uma mecânica que não estava adaptada para as nossas estradas. A suspensão traseira era considerada muito frágil, além da parte elétrica apresentar falhas constantes.
Além disso, há muitas dificuldades para encontrar as peças para o modelo. Esse carro, juntamente com seu irmão mais velho, o 206, foram um dos responsáveis pela má fama da Peugeot no Brasil.
Ford Ecosport Supercharger
O Ecosport foi um SUV compacto que teve seu momento de glória, mesmo não tendo um acabamento bom e uma grande lista de equipamentos. Apesar disso, caiu nas graças dos brasileiros, menos a versão Supercharger, que foi uma grande decepção.
Pelo nome, aparenta ser um carro de extrema potência, entretanto, esse não era o caso. O SUV trazia um motor 1.0 à gasolina com um compressor de ar, de 95 cv e 12,6 kgfm de torque. Fazia um 0-100 em 14,8s, além de ter um consumo de 7,4 km/L na cidade e 11,6 km/L.
Apresentava pouco torque em baixas rotações, além de ter uma manutenção mais cara devido a complexidade do motor. O desempenho limitado é um dos principais fatores para a má fama do modelo.
Mercedes-Benz Classe A
Esse é um dos modelos mais criticados da Mercedes, o Classe A. Um modelo que foi produzido com o intuito de trazer a marca para o mercado de carros compactos. O veículo era fabricado em Juiz de Fora (MG), e tinha a expectativa de fabricar 70.000 unidades por ano, entretanto, em seis anos de fabricação, cerca de 63 mil carros foram produzidos.
Além do design controverso, em comparação aos demais carros da Mercedes, o hatch apresentava uma manutenção cara, por conta de peças importadas. Problemas crônicos com a suspensão e a caixa de câmbio também afastam os compradores.
Citroen C4 Pallas
O C4 Pallas estreou como um sedan de alto conforto, que veio para brigar com os grandes nomes da época, como Honda Civic, Toyota Corolla, Ford Fusion e Volkswagen Jetta. E no começo apresentou um bom número de vendas, que após os primeiros anos, decepcionou boa parte do público.
O carro apresentava um ótimo conforto, além da inovação do volante com centro fixo, porém, o maior problema do C4 Pallas era o câmbio automático AL4. A transmissão apresentava um desgaste prematuro, com vazamentos de óleo, trancos, atrasos no engate e perda total do sistema.
A revenda desse modelo é péssima, principalmente com o câmbio automático. E ele, juntamente com os modelos da Peugeot, ajudaram a criar e sustentar a má fama de carros franceses no Brasil.
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